O encontro de Claudia Cardinale com Luchino Visconti

Conheci Luchino logo que cheguei à Itália, tinha um contrato com a produtora que produziu o filme Noites Brancas. Encontrava-o com frequência, mas aterrorizava-me a ideia de trabalhar com ele. Era no início da minha carreira, em 1959, e eu ainda tinha trabalhado pouco, acabava de concluir as filmagens de Os Eternos Desconhecidos. O início do meu trabalho com ele foi para mim muito comovente. A primeira cena em que apareci [em Rocco e Seus Irmãos] era um exterior, à saída de uma sala de boxe, e havia uma luta. Eu estava lá no meio, um pouco assustada, e ouvi Luchino gritar pelo microfone: “Não magoem a Cardinale”. Compreendi então que ele me tinha adotado.

Foi sempre gentil comigo, e, após esse dia, passei a visitá-lo com muita frequência. As nossas relações não eram meramente profissionais. Mas, mais tarde, quando preparou O Leopardo, pediu-me para desempenhar o papel de Angelica.

Claudia Cardinale, atriz, em entrevista no livro Luchino Visconti, de Alain Sanzio e Paul-Louis Thirard (Publicações Dom Quixote; pg. 193). Acima, ao lado de Visconti e Burt Lancaster nas filmagens de O Leopardo; abaixo, Alain Delon, Visconti e Cardinale nas filmagens do mesmo filme.

ACOMPANHE NOSSOS CANAIS: Facebook e Telegram

Veja também:
No Mundo do Cinema, de Peter Bogdanovich

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Imagem do Twitter

Você está comentando utilizando sua conta Twitter. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s