Os 300 melhores filmes de todos os tempos

O cinema é uma das três linguagens universais, segundo o grande cineasta Frank Capra. As outras duas são a música e a matemática. O que torna essa arte tão importante e tão mágica, capaz de atravessar décadas, fundar escolas, movimentos, dar vez a monumentos reverenciados e nunca esquecidos? Sua linguagem, capaz de agregar outras artes, sem dúvida continua, ao longo de décadas, afirmando seu poder de contar histórias, de se manter no nível mais básico da relação possível com o espectador.

A lista abaixo vem sendo preparada há anos. E não chega ao fim. É mutável, aberta a transformações à medida que o crítico Rafael Amaral segue vendo – e revendo – filmes. Não há regra exata para fazer listas, muito menos uma forma fácil de explicar por que alguns filmes atraem mais do que outros: no fundo, os motivos que levam à compilação terminam sempre no gosto pessoal. Reduzir mais de um século de filmes a 300 títulos é tarefa enorme. Mesmo obras aparentemente imperfeitas podem ganhar destaque. E é difícil escapar aos medalhões.

RECEBA NOSSAS ATUALIZAÇÕES: Facebook / Telegram / Letterboxd

“Ver precede as palavras”, diz o crítico de arte John Berger. É preciso ver filmes, hoje e sempre, sem pré-julgamentos ou vícios. A lista abaixo reserva o que há de melhor em matéria de cinema, e nem de longe pretende ser definitiva. Boa viagem a todos! O que vem a seguir é o cinema!

300) A Marca do Assassino, de Seijun Suzuki

299) Viridiana, de Luis Buñuel

298) O Piano, de Jane Campion

297) As Lágrimas Amargas de Petra Von Kant, de Rainer Werner Fassbinder

296) Minha Vingança, de Shohei Imamura

295) Meu Tio da América, de Alain Resnais

294) O Garoto Selvagem, de François Truffaut

293) Sem Teto Nem Lei, de Agnès Varda

292) Clamor do Sexo, de Elia Kazan

291) Jeanne Dielman, de Chantal Akerman

290) Chess of the Wind, de Mohammad Reza Aslani

289) Memórias do Subdesenvolvimento, de Tomás Gutiérrez Alea

288) Em Busca do Ouro, de Charles Chaplin

287) Os Vivos e os Mortos, de John Huston

286) Rocco e Seus Irmãos, de Luchino Visconti

285) A Ascensão, de Larisa Shepitko

284) A Embriaguez do Sucesso, de Alexander Mackendrick

283) O Ano Passado em Marienbad, de Alain Resnais

282) Cerimônias, de Nagisa Oshima

281) Os Imperdoáveis, de Clint Eastwood

280) O Padre e a Moça, de Joaquim Pedro de Andrade

279) Sedução da Carne, de Luchino Visconti

278) As Três Máscaras do Terror, de Mario Bava

277) A Hora do Lobo, de Ingmar Bergman

276) Um Estranho no Ninho, de Milos Forman

275) Os Fuzis, de Ruy Guerra

274) Umberto D., de Vittorio De Sica

273) Guerra e Humanidade, de Masaki Kobayashi

272) Regeneração, de Raoul Walsh

271) Os Sapatinhos Vermelhos, de Michael Powell e Emeric Pressburger

270) Senhorita Júlia, de Alf Sjöberg

269) Sem Novidade no Front, de Lewis Milestone

268) Era Uma Vez na América, de Sergio Leone

267) O Bandido da Luz Vermelha, de Rogério Sganzerla

266) Nanook, o Esquimó, de Robert J. Flaherty

265) Os Eleitos, de Philip Kaufman

264) Filho Único, de Yasujiro Ozu

263) A Cor da Romã, de Sergei Parajanov

262) O Último Refúgio, de Raoul Walsh

261) O Dinheiro, de Robert Bresson

260) Uma Vida, de Alexandre Astruc

259) Onibaba – A Mulher Demônio, de Kaneto Shindo

258) Desencanto, de David Lean

257) Paris, Texas, de Wim Wenders

256) Solidão, de Pál Fejös

255) A Sombra de uma Dúvida, de Alfred Hitchcock

254) O Pão Nosso de Cada Dia, de F.W. Murnau

253) Amar e Morrer, de Douglas Sirk

252) Desafio à Corrupção, de Robert Rossen

251) Antes da Revolução, de Bernardo Bertolucci

250) Johnny Guitar, de Nicholas Ray

249) Deus Sabe Quanto Amei, de Vincente Minnelli

248) O Discreto Charme da Burguesia, de Luis Buñuel

247) Vozes Distantes, de Terence Davies

vozes-distantes

246) E.T. – O Extraterrestre, de Steven Spielberg

245) Vidas Amargas, de Elia Kazan

244) O Silêncio do Lago, de George Sluizer

243) Anatomia de um Crime, de Otto Preminger

242) Um Condenado à Morte Escapou, de Robert Bresson

241) Um Lugar ao Sol, de George Stevens

240) Os Esquecidos, de Luis Buñuel

239) Amor de Perdição, de Manoel de Oliveira

238) Playtime – Tempo de Diversão, de Jacques Tati

237) Palavras ao Vento, de Douglas Sirk

palavras-ao-vento

236) Rififi, de Jules Dassin

235) Domingo Maldito, de John Schlesinger

domingo-maldito

234) O Silêncio dos Inocentes, de Jonathan Demme

233) O Sopro no Coração, de Louis Malle

aa aasopro no coração

232) Vida Cigana, de Emir Kusturica

231) Crisântemos Tardios, de Kenji Mizoguchi

230) Satyricon de Fellini, de Federico Fellini

satyricon

229) A Longa Viagem de Volta, de John Ford

a-longa-viagem-de-volta

228) Caminhos Perigosos, de Martin Scorsese

caminhos-perigosos

227) Close-Up, de Abbas Kiarostami

close up

226) Sob o Sol de Satã, de Maurice Pialat

sob o sol de satã

225) O Medo Devora a Alma, de Rainer Werner Fassbinder

o-medo-devora-a-alma

224) A Mãe e a Puta, de Jean Eustache

a-mae-e-a-puta

223) O Açougueiro, de Claude Chabrol

o-acougueiro

222) A Cruz dos Anos, de Leo McCarey

a-cruz-dos-anos

221) Nostalgia, de Andrei Tarkovski

nostalgia

220) A Cidade das Tristezas, de Hou Hsiao-hsien

a cidade das tristezas

219) A Morte Num Beijo, de Robert Aldrich

a-morte-num-beijo

218) O Rio Sagrado, de Jean Renoir

o-rio-sagrado

217) Tudo o que o Céu Permite, de Douglas Sirk

tudo o que o céu permite4

216) Os Eternos Desconhecidos, de Mario Monicelli

os-eternos-desconhecidos

215) Amargo Pesadelo, de John Boorman

amargo pesadelo

214) A Casa de Bambu, de Samuel Fuller

casa-de-bambu

213) Poesia, de Lee Chang-dong

poesia

212) Acossado, de Jean-Luc Godard

acossado

211) Meu Nome é… Tonho, de Ozualdo Ribeiro Candeias

210) Cinzas que Queimam, de Nicholas Ray e Ida Lupino

209) Cabaret, de Bob Fosse

cabaret

208) Pulp Fiction – Tempo de Violência, de Quentin Tarantino

pulp fiction

207) O Anjo das Ruas, de Frank Borzage

206) Agonia e Glória, de Samuel Fuller

agonia-e-gloria

205) Um Dia no Campo, de Jean Renoir

um-dia-no-campo

204) A Mocidade Lincoln, de John Ford

a-juventude-de-lincoln

203) A Saga de Gösta Berling, de Mauritz Stiller

a-saga-de-gosta-berling

202) Solaris, de Andrei Tarkovski

solaris2

201) A Ceia dos Acusados, de W.S. Van Dyke

a ceia dos acusados

200) O Testamento do Dr. Mabuse, de Fritz Lang

o-testamento-do-dr-mabuse

199) Rua 42, de Lloyd Bacon

rua 42

198) Bancando o Águia, de Buster Keaton

197) A Colecionadora, de Eric Rohmer

a-colecionadora

196) Narciso Negro, de Michael Powell e Emeric Pressburger

narciso negro

195) Fuga do Passado, de Jacques Tourneur

fuga do passado

194) Núpcias de Escândalo, de George Cukor

núpcias de escândalo

193) Doutor Fantástico, de Stanley Kubrick

dr. fantástico

192) A Fraternidade é Vermelha, de Krzysztof Kieslowski

a-fraternidade-e-vermelha

191) Carta de uma Desconhecida, de Max Ophüls

carta-para-uma-desconhecida

190) Alma em Suplício, de Michael Curtiz

alma em suplício

189) Vinhas da Ira, de John Ford

as vinhas da ira

188) Fúria Sanguinária, de Raoul Walsh

furia-sanguinaria

187) As Oito Vítimas, de Robert Hamer

as-oito-vitimas

186) Teorema, de Pier Paolo Pasolini

185) Um Homem com uma Câmera, de Dziga Vertov

o-homem-com-uma-camera

184) Ran, de Akira Kurosawa

ran

183) Amarcord, de Federico Fellini

amarcord

182) Curva do Destino, de Edgar G. Ulmer

curva-do-destino

181) O Vampiro, de Carl Theodor Dreyer

o-vampiro

180) Stalker, de Andrei Tarkovski

179) Agora Seremos Felizes, de Vincente Minnelli

178) Interlúdio, de Alfred Hitchcock

interlúdio1

177) Jejum de Amor, de Howard Hawks

jejum-de-amor

176) O Desprezo, de Jean-Luc Godard

os-desprezo

175) Marcha Nupcial, de Erich von Stroheim

marcha-nupcial

174) O Império dos Sentidos, de Nagisa Oshima

o-imperio-dos-sentidos

173) Os Companheiros, de Mario Monicelli

os-companheiros

172) A Noite de São Lourenço, de Paolo Taviani e Vittorio Taviani

a noite de são lorenzo

171) Nana, de Jean Renoir

nana

170) Estrela Ditosa, de Frank Borzage

169) Mistérios de Lisboa, de Raoul Ruiz

168) Vidas Secas, de Nelson Pereira dos Santos

vidas-secas

167) Os Bons Companheiros, de Martin Scorsese

os bons companheiros

166) Terra, de Aleksandr Dovzhenko

terra

165) Cidade dos Sonhos, de David Lynch

cidade dos sonhos

164) O Gabinete do Dr. Caligari, de Robert Wiene

163) Terra de um Sonho Distante, de Elia Kazan

terra de um sonho distante

162) A Última Gargalhada, de F.W. Murnau

a-ultima-gargalhada

161) Orfeu, de Jean Cocteau

orfeu

160) A Caixa de Pandora, de Georg Wilhelm Pabst

a-caixa-de-pandora

159) Blade Runner – O Caçador de Androides, de Ridley Scott

blade-runner

158) As Coisas Simples da Vida, de Edward Yang

as-coisas-simples-da-vida

157) O Balão Vermelho, de Albert Lamorisse

o-balao-vermelho

156) O Prazer, de Max Ophüls

o-prazer

155) A Viúva Alegre, de Erich von Stroheim

a-viuva-alegre

154) E o Vento Levou, de Victor Fleming

e-o-vento-levou

153) Noites de Cabiria, de Federico Fellini

noites-de-cabiria

152) O Enforcamento, de Nagisa Oshima

151) Uma Mulher Sob Influência, de John Cassavetes

uma-mulher-sob-influencia

150) Pérfida, de William Wyler

perfida

149) Luzes da Cidade, de Charles Chaplin

luzes-da-cidade

148) Cabra Marcado para Morrer, de Eduardo Coutinho

cabra-marcado-para-morrer

147) Dias de Ira, de Carl Theodor Dreyer

dias-de-ira

146) Cada um Vive Como Quer, de Bob Rafelson

cada-um-vive-como-quer

145) As Harmonias de Werckmeister, de Béla Tarr

as-harmonias-de-werckmeister

144) Paixão de Fortes, de John Ford

paixao-de-fortes

143) O Exército das Sombras, de Jean-Pierre Melville

142) Cinzas no Paraíso, de Terrence Malick

cinzas-no-paraiso

141) A Força do Mal, de Abraham Polonsky

forca-do-mal

140) A Viagem dos Comediantes, de Theodoros Angelopoulos

a-viagem-dos-comediantes

139) Soberba, de Orson Welles

138) Noite e Neblina no Japão, de Nagisa Oshima

noite-e-neblina-no-japao3

137) O Amigo Americano, de Wim Wenders

o-amigo-americano

136) Um Dia Quente de Verão, de Edward Yang

um-dia-quente-de-verao

135) O Mágico de Oz, de Victor Fleming

mágico de oz

134) Napoleão, de Abel Gance

133) Era Uma Vez no Oeste, de Sergio Leone

era-uma-vez-no-oeste

132) Andrei Rublev, de Andrei Tarkovski

andrei-rublev

131) Noivo Neurótico, Noiva Nervosa, de Woody Allen

noivo-neurotico-noiva-nervosa

130) Sorgo Vermelho, de Zhang Yimou

sorgo-vermelho

129) Bandidos em Orgosolo, de Vittorio De Seta

bandidos-de-orgosolo

128) Laranja Mecânica, de Stanley Kubrick

laranja-mecanica

127) S. Bernardo, de Leon Hirszman

sao-bernardo

126) Diabo a Quatro, de Leo McCarey

diabo a quatro

125) Viver a Vida, de Jean-Luc Godard

viver-a-vida

124) A Bela Intrigante, de Jacques Rivette

a-bela-intrigante

123) Trono Manchado de Sangue, de Akira Kurosawa

trono-manchado-de-sangue

122) Noite Vazia, de Walter Hugo Khouri

noite-vazia1

121) Short Cuts – Cenas da Vida, de Robert Altman

short-cuts

120) Onde Começa o Inferno, de Howard Hawks

onde-comeca-o-inferno

119) Janela Indiscreta, de Alfred Hitchcock

janela-indiscreta

118) A Espada da Maldição, de Kihachi Okamoto

a-espada-da-maldicao

117) Viagem à Itália, de Roberto Rossellini

viagem-a-italia

116) A Roda da Fortuna, de Vincente Minnelli

a-roda-da-fortuna

115) Salário do Medo, de Henri-Georges Clouzot

o-salario-do-medo

114) Portal do Inferno, de Teinosuke Kinugasa

portal-do-inferno

113) Rede de Intrigas, de Sidney Lumet

112) Uma Rua Chamada Pecado, de Elia Kazan

uma-rua-chamada-pecado

111) Lola Montes, de Max Ophüls

lola-montes

110) A Marca da Maldade, de Orson Welles

a marca da maldade

109) Rastros de Ódio, de John Ford

rastros-de-odio

108) O Intendente Sansho, de Kenji Mizoguchi

o-intendente-sancho

107) O Tesouro de Sierra Madre, de John Huston

o-tesouro-de-sierra-madre

106) Amores de Apache, de Jacques Becker

amores-de-apache

105) O Sétimo Selo, de Ingmar Bergman

sétimo selo

104) Através das Oliveiras, de Abbas Kiarostami

atravès das oliveiras

103) Laura, de Otto Preminger

laura

102) Ervas Flutuantes, de Yasujiro Ozu

ervas-flutuantes

101) Vá e Veja, de Elem Klimov

va-e-veja

100) Crash – Estranhos Prazeres, de David Cronenberg

crash

99) Veludo Azul, de David Lynch

veludo azul

98) A Última Sessão de Cinema, de Peter Bogdanovich

a última sessão de cinema

97) Psicose, de Alfred Hitchcock

psicose

96) Neste Mundo e no Outro, de Michael Powell e Emeric Pressburger

neste-mundo-e-no-outro

95) Viver, de Akira Kurosawa

viver

94) Apocalypse Now, de Francis Ford Coppola

apocalypse-noe

93) Mulheres da Noite, de Kenji Mizoguchi

mulheres-da-noite

92) O Pior dos Pecados, de John Boulting

o-pior-dos-pecados

91) Shoah, de Claude Lanzmann

shoah

90) Gritos e Sussurros, de Ingmar Bergman

gritos e sussurros

89) Inverno de Sangue em Veneza, de Nicolas Roeg

um-inverno-de-sangue-em-veneza

88) Pixote – A Lei do Mais Fraco, de Hector Babenco

pixote

87) Eu Sou Cuba, de Mikhail Kalatozov

eu-sou-cuba

86) A Mulher de Areia, de Hiroshi Teshigahara

mulher de areia

85) Quanto Mais Quente Melhor, de Billy Wilder

quanto mais quente melhor

84) Terra em Transe, de Glauber Rocha

terra em transe

83) De Punhos Cerrados, de Marco Bellocchio

de punhos cerrados2

82) Macunaíma, de Joaquim Pedro de Andrade

macunaíma

81) A Carruagem Fantasma, de Victor Sjöström

80) O Bandido Giuliano, de Francesco Rosi

o-bandido-giuliano

79) Pinóquio, de Ben Sharpsteen e Hamilton Luske

pinoquio

78) Harakiri, de Masaki Kobayashi

haraquiri

77) O Boulevard do Crime – Primeira e Segunda Época, de Marcel Carné

76) A Palavra, de Carl Theodor Dreyer

a-palavra

75) No Silêncio da Noite, de Nicholas Ray

no-silencio-da-noite

74) Taxi Driver, de Martin Scorsese

taxi-driver

73) Contrastes Humanos, de Preston Sturges

contrastes-humanos

72) A Aventura, de Michelangelo Antonioni

a-aventura

71) Meu Ódio Será Sua Herança, de Sam Peckinpah

meu ódio será sua herança

70) A Conversação, de Francis Ford Coppola

a-conversacao2

69) Obsessão, de Luchino Visconti

obsessao

68) Touro Indomável, de Martin Scorsese

touro indomável

67) Os Incompreendidos, de François Truffaut

os-incompreendidos

66) Blow-Up – Depois Daquele Beijo, de Michelangelo Antonioni

blow-up

65) Bonnie & Clyde – Uma Rajada de Balas, de Arthur Penn

bonnie e clyde

64) A Tortura do Medo, de Michael Powell

a tortura do medo

63) Tabu, de F.W. Murnau

tabu

62) O Espírito da Colmeia, de Victor Erice

o espírito da colmeia

61) Nashville, de Robert Altman

nashville

60) Ladrão de Alcova, de Ernst Lubitsch

ladrao-de-alcova

59) São Paulo Sociedade Anônima, de Luiz Sérgio Person

sao-paulo-sociedade-anonima

58) A Malvada, de Joseph L. Mankiewicz

57) Rio Vermelho, de Howard Hawks

rio vermelho

56) Os Sete Samurais, de Akira Kurosawa

os-sete-samurais

55) Pacto de Sangue, de Billy Wilder

pacto de sangue

54) A Felicidade Não se Compra, de Frank Capra

a felicidade não se compra

53) O Samurai, de Jean-Pierre Melville

o-samurai

52) O Poderoso Chefão – Parte 2, de Francis Ford Coppola

o poderoso chefão 2

51) O Terceiro Homem, de Carol Reed

o-terceiro-homem

50) A Grande Testemunha, de Robert Bresson

a-grande-testemunha

49) À Beira do Abismo, de Howard Hawks

a-beira-do-abismo

48) Pai e Filha, de Yasujiro Ozu

pai-e-filha

47) Tempos Modernos, de Charles Chaplin

tempos-modernos

46) Desejos Proibidos, de Max Ophüls

desejos proibidos

45) Cantando na Chuva, de Gene Kelly e Stanley Donen

cantando-na-chuva

44) O Homem das Novidades, de Edward Sedgwick e Buster Keaton

o homem das novidades

43) O Anjo Exterminador, de Luis Buñuel

o-anjo-exterminador

42) No Tempo das Diligências, de John Ford

no tempo das diligências

41) Aguirre, A Cólera dos Deuses, de Werner Herzog

aguirre

40) O Decálogo, de Krzysztof Kieslowski

o-decalogo-5

39) Hiroshima, Meu Amor, de Alain Resnais

hiroshima-meu-amor

38) A Canção da Estrada, de Satyajit Ray

a-cancao-da-estrada

37) A Turba, de King Vidor

a-turba

36) Pickpocket, de Robert Bresson

pickpocket

35) O Conformista, de Bernardo Bertolucci

o-conformista

34) M, o Vampiro de Düsseldorf, de Fritz Lang

m-o-vampiro-de-dusseldorf

33) 2001: Uma Odisseia na Espaço, de Stanley Kubrick

2001

32) O Falcão Maltês, de John Huston

falcão maltês

31) O Mensageiro do Diabo, de Charles Laughton

o mensageiro do diabo

30) Sindicato de Ladrões, de Elia Kazan

sindicato de ladrões

29) A Doce Vida, de Federico Fellini

a doce vida

28) O Atalante, de Jean Vigo

atalante

27) Metrópolis, de Fritz Lang

metropolis

26) Lawrence da Arábia, de David Lean

lawrence-da-arabia

25) Contos da Lua Vaga, de Kenji Mizoguchi

contos-da-lua-vaga

24) Ladrões de Bicicleta, de Vittorio De Sica

ladroes-de-bicicleta

23) Chinatown, de Roman Polanski

22) Deus e o Diabo na Terra do Sol, de Glauber Rocha

deus-e-o-diabo-na-terra-do-sol

21) A Grande Ilusão, de Jean Renoir

20) Crepúsculo dos Deuses, de Billy Wilder

crepusculo-dos-deuses

19) Ouro e Maldição, de Erich von Stroheim

ouro-e-maldicao

18) Casablanca, de Michael Curtiz

17) Limite, de Mário Peixoto

limite

16) Encouraçado Potemkin, de Sergei M. Eisenstein

o-encouracado-potemkin

15) A Paixão de Joana D’Arc, de Carl Theodor Dreyer

o martírio de joana

14) Um Corpo que Cai, de Alfred Hitchcock

13) Rashomon, de Akira Kurosawa

rashomon

12) Quando Duas Mulheres Pecam, de Ingmar Bergman

persona

11) O Poderoso Chefão, de Francis Ford Coppola

o poderoso chefão

10) A General, de Buster Keaton e Clyde Bruckman

A comédia de Buster Keaton é física. Baseia-se às vezes no risco, no vão de milímetros que se vê – ou não – entre o corpo e as estruturas. Entre tantos filmes marcantes, é com A General que o realizador chega ao máximo: a história de amor entre o homem e a máquina, entre o herói (Keaton, claro) e uma garota indefesa. A ação dá-se sobre os trilhos. O protagonista lança pedaços de madeira em outros pelo caminho, para assim continuar sua viagem e salvar a amada. Ninguém pode pará-lo. E ainda que o espectador saiba de sua iminente vitória, sobram motivos para se emocionar com os feitos técnicos de um cinema que não se faz mais.

a general

9) Quando os Homens são Homens, de Robert Altman

O protagonista (o galã Warren Beatty sob barba avantajada) é um apostador, quer prosperar e tem a ideia de montar um bordel em uma terra de lama e neve. Para tanto, conta com a experiência da senhorita Miller (Julie Christie). Ele tenta se aproximar dela, ela nega-o. A relação de ambos passa do cinismo comum de um país em formação, em que todos querem sobreviver a todo custo, à melancolia que antecede a tragédia incontornável. O faroeste de Altman é obscuro, violento, leva-nos a algumas voltas e sempre nos deixa no mesmo lugar – o que aqui não é um ponto negativo. Em sua aparente clareza há camadas e mais camadas de mistério.

8) Cinzas e Diamantes, de Andrzej Wajda

O terceiro longa-metragem do jovem Wajda. A terceira parte de uma trilogia composta também por Geração e Kanal. O maior filme polonês já feito, cuja imagem mais famosa (abaixo) dá a tônica do momento que aborda (o fim da Segunda Guerra, o mundo das crenças postas de cabeça para baixo, das incertezas e da ausência de fé) e do momento em que foi feito (o questionador cinema moderno nascente). Seu anti-herói, o “James Dean polonês”, assiste à transformação do mundo macro através do mundo micro, tem a missão de matar um homem e se envolve com uma bela mulher em um hotel. Dono de uma carreira maravilhosa, Wajda nunca mais repetiria esse feito.

7) A Regra do Jogo, de Jean Renoir

Comédia realizada à beira da Segunda Guerra Mundial, passada em um castelo isolado, com uma festa para convidados, um aviador apaixonado, seu amigo falador (o próprio Renoir) e outras figuras curiosas que se juntam para desfrutar de tardes de caça, teatro regado a fantasias e adultérios – tudo entre os criados e a alta classe. Roteiro brilhante repleto de voltas, sem protagonistas e com poucas – talvez duas – personagens que se salvam da completa maldade. Um estudo do comportamento humano cheio de malícia e frivolidade. Após o extraordinário A Grande Ilusão, Renoir ainda conseguiu se superar.

a regra do jogo

6) Contos de Tóquio, de Yasujiro Ozu

O mestre japonês fez diversos filmes considerados “semelhantes”. Em geral, obras que tratam de relações familiares, pais e filhos, tradições quebradas, gente cujos conflitos parecem nunca abalar demais a tela. Adaptado à forma de Ozu, o espectador certamente reconhecerá o autor, filme a filme, e a descoberta de Contos de Tóquio pode levar àquilo que fez de melhor, também ao seu trabalho mais famoso. É sobre a distância entre o casal de senhores e seus filhos da cidade grande. A visita dos mais velhos revela o abismo que separa essas pessoas. Depois, devido a uma morte, são os filhos que deverão visitar os pais.

contos-de-toquio

5) A Batalha de Argel, de Gillo Pontecorvo

O realismo, as imagens granuladas, o calor do momento e a transpiração de pessoas que viveram a situação são alguns dos ingredientes que ajudaram essa obra-prima do cinema político. Pontecorvo fez alguns filmes de sucesso, mas nada à altura. Consciente da dificuldade de resumir a batalha em marcha da qual trata, nos eventos que levam à independência da Argélia, o cineasta prefere não tomar lado, sem transformar os colonizadores em vilões cruéis ou os oprimidos em heróis acabados e bondosos. O homem sob tortura, nos momentos iniciais, dá a ideia do que vem pela frente.

a-batalha-de-argel

4) Oito e Meio, de Federico Fellini

Não havia feito nem dez filmes. Ali, à beira do oitavo, com um meio pelo caminho, Fellini decidiu representar sua crise criativa: filmou, com seu toque reconhecível, a própria história. Fez sua obra maior, o caminhar de um certo Guido Anselmi (Marcello Mastroianni), que se refugia em um spa e nos próprios sonhos. Em seguida, é revisitado pelas lembranças, pela família, pela Igreja, pelas mulheres corpulentas que percorrem seu harém. É onde empunha um chicote para então colocar ordem no reino e controlar o motim de suas amantes. Como todo autor, Fellini parecia se repetir. Com tamanha beleza e poder, quem se importa?

oito-e-meio

3) Cidadão Kane, de Orson Welles

O jornalista persegue a palavra. Nesse caso, uma só. Com ela talvez possa entender o homem em questão, o protagonista de Cidadão Kane, magnata das comunicações. A palavra, claro, é Rosebud. Seu significado será dado apenas no encerramento – ou não. Significa ainda mais, algo que o homem perdeu e não encontrou. Algo que o cinema de Orson Welles – o menino prodígio condenado pela ousadia do primeiro filme, contra um magnata da imprensa americana – encarregou-se de imortalizar. Rosebud, no fundo, é a carne que ultrapassa o mito, o humanismo que sobrepõe as manchetes do jornal, as notícias em marcha.

cidadao-kane

2) Aurora, de F.W. Murnau

Segundo o crítico Sérgio Alpendre, nenhum estudante de cinema deveria tocar em um câmera antes de assistir a esse filme. O melhor trabalho de Murnau, aqui em Hollywood, com movimentos de câmera perfeitos e, à época, aparentemente leves e ousados. Ao centro, um homem decide matar a mulher para ficar com a amante. Seu arrependimento leva à jornada de reconquista amorosa, ainda na ausência do som, com a cena inesquecível da fusão de imagens enquanto o casal caminha entre os veículos, pela cidade grande. É quando o mundo para, quando o cinema dá uma de suas maiores demonstrações de poder.

aurora

1) O Leopardo, de Luchino Visconti

Muitos cineastas, em condições possíveis, tentaram fazer filmes perfeitos. Visconti conseguiu. Baseado na obra de Giuseppe Tomasi di Lampedusa, com fotografia de Giuseppe Rotunno e música de Nino Rota, Visconti dirige como se pintasse quadros. Os planos mais belos do cinema, a maior parte inesquecível. Lancaster é o homem do passado, o príncipe que se guarda para a caminhada final; Cardinale está bela como nunca; Delon como o cínico necessário, representação dos novos tempos, pronto para abocanhar a bela. Um baile ocupa praticamente um terço do todo. Obra-prima, ainda que seja redundante dizer.

o-leopardo

******

Cineastas mais presentes na lista

  • Seis filmes: John Ford.
  • Cinco filmes: Akira Kurosawa, Alfred Hitchcock, Elia Kazan, Federico Fellini, Jean Renoir.
  • Quatro filmes: Andrei Tarkovski, Carl Theodor Dreyer, Francis Ford Coppola, F.W. Murnau, Howard Hawks, Ingmar Bergman, Kenji Mizoguchi, Luchino Visconti, Luis Buñuel, Martin Scorsese, Max Ophüls, Michael Powell, Nagisa Oshima, Robert Bresson, Yasujiro Ozu.
  • Três filmes: Alain Resnais, Billy Wilder, Buster Keaton, Charles Chaplin, Douglas Sirk, Emeric Pressburger, Erich von Stroheim, Fritz Lang, Ingmar Bergman, Jean-Luc Godard, John Huston, Nicholas Ray, Orson Welles, Raoul Walsh, Robert Altman, Stanley Kubrick, Vincente Minnelli.
  • Dois filmes: Abbas Kiarostami, Bernardo Bertolucci, David Lean, David Lynch, Edward Yang, François Truffaut, Frank Borzage, Glauber Rocha, Jean-Pierre Melville, Joaquim Pedro de Andrade, Krzysztof Kieslowski, Leo McCarey, Mario Monicelli, Masaki Kobayashi, Michael Curtiz, Michelangelo Antonioni, Otto Preminger, Rainer Werner Fassbinder, Samuel Fuller, Sergio Leone, Victor Fleming, Vittorio De Sica, Wim Wenders.

Curiosidades

  • Em toda a lista, há 42 filmes realizados após os anos 1980 e 17 realizados após os 1990.
  • Em toda a lista, há cinco filmes realizados após os anos 2000 e dois após 2010.
  • Entre os 100 primeiros da lista, há 25 filmes dos anos 1960, o período com maior volume.
  • Entre os 100 primeiros da lista, há seis filmes realizados após os anos 1980 e um após os 1990.
  • Não há nenhum filme realizado após os anos 2000 entre os 100 primeiros.
  • Entre os 20 primeiros da lista, há cinco filmes dos anos 1920, dois dos 1930, dois dos 1940, cinco dos 1950, quatro dos 1960 e dois dos 1970.

AUTOR: Rafael Amaral, crítico e jornalista

RECEBA NOSSAS ATUALIZAÇÕES: Facebook / Telegram / Letterboxd

Veja também:
Os 100 melhores filmes dos anos 30
Os 100 melhores filmes dos anos 70
Os 100 melhores filmes dos anos 80
Os 100 melhores filmes dos anos 90