Os 12 títulos desta lista trazem histórias de dor, superação, de mães que fazem de tudo para estar perto dos filhos e, em alguns casos, para provar a inocência dos mesmos. Mães que, se necessário, participam de revoluções, assumem culpas, mentem e enriquecem, mães que precisam fazer escolhas impossíveis em filmes memoráveis.
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A Mãe (Vsevolod Pudovkin, 1926)
No auge do cinema revolucionário soviético, o teórico e cineasta Pudovkin realiza seu filme mais famoso, da obra de Maxim Gorky, sobre uma mãe que se vê obrigada a se engajar em uma revolução após a prisão do filho.

Peregrinação (John Ford, 1933)
A mãe em questão, interpretada por Henrietta Crosman, aceita enviar o filho à guerra para evitar que ele case-se com a mulher que ela não deseja. Belo drama pouco conhecido do mestre Ford, lembrado mais por faroestes.

Stella Dallas, Mãe Redentora (King Vidor, 1937)
Grande melodrama que coloca ao centro Barbara Stanwyck, a mulher que sai de um meio pobre, case-se com um homem rico para ascender socialmente e termina cada vez mais distante da filha que tanto ama.

Alma em Suplício (Michael Curtiz, 1945)
Outro melodrama fundamental do período clássico, com Joan Crawford em papel que lhe valeu o Oscar. Ela é Mildred Pierce, a mãe que faz de tudo para salvar a filha, em história narrada após um crime.

Mamma Roma (Pier Paolo Pasolini, 1962)
Em seu segundo filme, o sempre provocador Pasolini conta a história da prostituta Mamma Roma (Anna Magnani), que luta para não perder o filho para o mundo de criminalidade da cidade grande, na qual ela trabalha.

Sopro no Coração (Louis Malle, 1971)
O adolescente Laurent Chevalier (Benoît Ferreux) está em fase de descobertas. Quando é diagnosticado com sopro no coração, ele é levado a um hotel e passa algum tempo com a mãe, a bela Clara (Lea Massari).

Sonata de Outono (Ingmar Bergman, 1978)
Bergman vai fundo na alma de duas mulheres, mãe e filha. A mãe, vivida por Ingrid Bergman, é uma grande pianista. A filha (Liv Ullmann) não tem o mesmo talento da progenitora. O confronto faz reviver dores do passado.

A Escolha de Sofia (Alan J. Pakula, 1982)
A triste história de Sophie (Meryl Streep), entre os dias que divide com dois homens nos Estados Unidos e as lembranças dos tempos da guerra, quando, com os filhos, foi enviada a um campo de concentração.

A Mãe (Gleb Panfilov, 1990)
Outra adaptação da famosa obra de Gorky, mais longa e com visual realista. Vemos aqui o filho crescer, o início de seu envolvimento com a política e suas prisões – tudo aos olhos da mãe, que não consegue não se envolver.

Tudo Sobre Minha Mãe (Pedro Almodóvar, 1999)
O belo filme de Almodóvar bebe na fonte de A Malvada e Noite de Estreia e conta a história de uma mãe que perde o filho, rapaz que era fã de uma famosa atriz de teatro. Cecilia Roth e Marisa Paredes encabeçam o elenco.

Mother: A Busca pela Verdade (Bong Joon-Ho, 2009)
O filho é culpado por um crime que talvez não tenha cometido. A mãe (Kim Hye-ja) lutará para tentar provar sua inocência em um meio em que outras pessoas sempre se revelam piores. Do diretor de Parasita.

Instinto Materno (Cãlin Peter Netzer, 2013)
O filho comete um crime ao matar uma pessoa em um acidente de carro. A mãe entra em jogo e faz de tudo para livrar o rebento dos problemas nesse filme sobre a corrupção na Romênia dos tempos atuais.

AUTOR: Rafael Amaral, crítico e jornalista

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“Alma em Suplício” e “Sopro no Coração” são meus favoritos.