(…) para mim, trabalhar com Pasolini foi muito importante mesmo. Eu sinto falta dele profundamente. Pasolini tinha me encorajado a fazer o meu mais recente filme, A Herança dos Ferramonti: “Você deve fazer isso, você deve fazer”, ele me dizia. Apenas alguns dias antes de sua morte eu o encontrei e conversei com ele sobre os problemas que estava tendo com o roteiro: “Pier Paolo, você deve ler este roteiro. Estou preocupado com ele”. E ele respondeu: “O que você quer que eu leia? Jogue fora e pegue o livro de Chelli [Gaetano Carlo Chelli, autor do livro que deu base ao filme A Herança dos Ferramonti]. Isso é tudo que você precisa. Tudo, há tudo que você precisa no próprio livro”. Mas eu tinha insistido: “Está bem, mas me faça o favor de ler o roteiro.”. E então, infelizmente… [Ocorreu] aquela coisa horrível…
Mauro Bolognini, cineasta, em entrevista a Jean A. Gili, publicada no livro Bolognini (Istituto Poligrafico dello Stato, impresso na Itália em 1977; pg. 31). Acima e abaixo, Bolognini e Pasolini nos bastidores de A Longa Noite de Loucuras, dirigido pelo primeiro a partir do livro e do roteiro do segundo.
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