Como não rir dos idiotas fardados, mandões, impotentes retratados nos filmes escolhidos para compor esta lista? Vamos aqui aos Irmãos Marx, a Chaplin, Altman e a outros que merecem sempre nossa atenção.
Diabo a Quatro (1934)
Considerado o melhor dos Marx, leva-nos a Freedonia, país inexistente que termina em guerra, em uma das cenas mais hilárias da História do Cinema. Como o ditador Rufus, Groucho declara guerra ao país vizinho.

O Grande Ditador (1940)
Chaplin mira em Hitler, em seu egocentrismo, e o transforma em criança que brinca com uma bola – e esta vem a ser o mundo. Há, ao lado, um patético Mussolini. Só mesmo o Vagabundo pode salvar o mundo.

Ser ou Não Ser (1942)
Feito em plena Segunda Guerra Mundial, traz um paralelo interessante entre a guerra e o teatro, entre hitleristas ameaçadores e atores que tentam encenar Shakespeare. Em meio à desgraça, a arte resiste. O riso também.

Dr. Fantástico (1964)
Um general louco aperta os botões secretos, dá os códigos necessários para iniciar uma guerra nuclear contra a tão temida – por seus fluídos, seus pensamentos – União Soviética. O filme definitivo sobre o período.

Os Russos Estão Chegando! Os Russos Estão Chegando! (1966)
Norman Jewison ainda era um diretor pouco conhecido ao realizar essa bela farsa. Os americanos caipiras precisam defender sua pequena cidade e seus valores quando os soviéticos terminam encalhados ali.

MASH (1970)
Passado na Guerra da Coreia, reflete o Vietnã. Não há uma batalha sequer. Os militares do corpo médico em questão são preguiçosos e fazem de tudo para se divertir, com festas, mulheres e um jogo de futebol americano.

Pasqualino Sete Belezas (1975)
Giancarlo Giannini é o fracote Pasqualino, que luta para sobreviver a um campo de concentração – o que inclui seduzir a gigante líder do local – enquanto lembra do passado “glorioso” e das sete irmãs na Itália fascista.

Underground: Mentiras de Guerra (1995)
O talentoso Emir Kusturica mescla comédia e tragédia para falar da Iugoslávia e de sua dissolução, chegando aos conflitos nos Balcãs. Militares bufões compõem esse espetáculo que em momentos faz pensar em Fellini.

SOBRE O AUTOR:
Rafael Amaral é crítico de cinema e jornalista (conheça seu trabalho)
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Vídeo: Pasqualino Sete Belezas