Giuseppe Rotunno (1923-2021)

Uma câmera de vídeo não torna a cena mais realista do que uma câmera de cinema, porque ambas são objetivas o suficiente para reproduzir o que enquadram; é a qualidade dos objetos a serem filmados e como eles são iluminados no momento da filmagem que torna as imagens críveis.

 

(…)

 

O steadicam [estabilizador de câmera criado em 1974] acrescenta algo quando é necessário, mas nunca tive dificuldade em me expressar, ou em ajudar o diretor a se expressar, em um filme feito antes da invenção desse meio. O meio técnico ajuda-nos, torna as coisas mais fáceis e talvez até nos permita implementar as nossas escolhas mais rapidamente, mas o cinema é perfeitamente válido sem o steadicam. São as histórias que contam, a direção, a atuação, os cenários, a luz; todos os elementos que não estão contidos no steadicam, nem na eletrônica. Eles existem independentemente das tecnologias e são os únicos elementos indispensáveis ​​para fazer um filme.

 

(…)

 

A finalidade da arte é precisamente libertar o espírito dos condicionamentos do cotidiano, de um pensamento limitado e da letargia que daí resulta.

Giuseppe Rotunno, diretor de fotografia, em entrevista reproduzida no site da Associazione Italiana Cineoperatori (leia aqui em inglês). Acima, uma imagem de Amarcord, com fotografia de Rotunno; abaixo, em dois bastidores de filmes nos quais trabalhou com Luchino Visconti: primeiro, nas filmagens de Rocco e Seus Irmãos (Rotunno está à esquerda, com boina); em seguida, nas de O Leopardo, no centro, entre Burt Lancaster e Visconti.

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