(…) eu acho que a maioria dos filmes é um pouco como fast food. Quero dizer, você os tem e está tudo bem, acabou e ponto final. E eu gosto da ideia de voltar e redescobrir, ou descobrir coisas novas o tempo todo. Em parte, é essa coisa de tentar criar um mundo, certamente um mundo dentro de alguma lógica, e você tem que ter todas as coisas lá. Um telefone não é apenas um telefone normal; ele faz as coisas, e torna-se um personagem que nosso protagonista tem que lidar. Para mim, a vida parece ser assim: lidar com coisas. Ou elas te ajudam ou ficam no seu caminho, te frustram, te deixam louco, você passa sua vida tentando ganhar dinheiro para comprá-las para que possam atendê-lo e, então, elas não atendem você de forma adequada – e isso continua e continua. Acho que vivemos em um mundo bastante materialista – é por isso que as coisas são tão importantes nele.
Terry Gilliam, cineasta, em entrevista ao jornalista e editor David Morgan (“Terry Gilliam discusses the making and near un-making of his dystopian fantasy in a 1986 interview”; leia aqui em inglês). Acima e abaixo, Gilliam nos bastidores de Brazil: O Filme.
ACOMPANHE NOSSOS CANAIS: Facebook, YouTube e Telegram
Veja também:
Os Bandidos do Tempo, de Terry Gilliam