O cinema de suspense, com toques de Hitchcock, em Chabrol; a leveza de Truffaut e Andersson; o teor político contundente de Petri e Bertolucci; a Nova Hollywood em Altman e Rafelson. Muitos cinemas encontram-se na lista abaixo, com diferentes realizadores no auge de suas potencialidades.
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20) El Topo, de Alejandro Jodorowsky
Faroeste psicodélico, difícil de explicar, que acabou se tornando cult e colocou no nome de Jodorowsky no mapa do cinema mundial. Em cena, um pistoleiro viaja pelo mundo e se depara com situações absurdas.
19) O Joelho de Claire, de Eric Rohmer
Os filmes da série Contos Morais trazem sempre homens em busca de mulheres. Neste quinto capítulo, o protagonista chega de barco para reencontrar amigos e fica fascinado por garota mais jovem.
18) O Pássaro das Plumas de Cristal, de Dario Argento
Primeiro filme da Trilogia dos Bichos, também o primeiro de Argento. Não poderia ser uma estreia mais espetacular, giallo sobre um escritor americano que investiga a morte de mulheres na Itália.
17) O Homem que Deixou Seu Testamento no Filme, de Nagisa Oshima
Em meio a protestos contra o governo, um rapaz joga-se de um prédio com a câmera na mão. O objeto é recuperado por outro rapaz, que passa a investigar a vida do suicida nesse filme sobre o próprio cinema.
16) O Círculo Vermelho, de Jean-Pierre Melville
Os criminosos elegantes, silenciosos, de desfechos incontornáveis – como o protagonista do anterior O Samurai. Aqui, três bandidos unem-se para roubar uma joalheria com grande esquema de segurança.
15) Patton, Rebelde ou Herói?, de Franklin J. Schaffner
A certa altura, em um dos pontos altos desse grande filme, o protagonista olha para o campo de batalha, para a fumaça e seus mortos, e confessa amar a guerra. Roteiro de um jovem Francis Ford Coppola.
14) Ato Final, de Jerzy Skolimowski
Skolimowski esteve no centro da renovação do cinema, nos anos 1960, embalado pela nouvelle vague francesa. Ato Final, sobre um garoto fascinado por uma moça mais velha, é talvez seu melhor filme.
13) Sem Essa, Aranha, de Rogério Sganzerla
Como explicar essa experiência visceral do mestre Sganzerla? O possível protagonista, Zé Bonitinho, vaga pelo Brasil para revelá-lo pela esculhambação, ao lado de mulheres de pouca roupa e gestos absurdos.
12) Valerie e Sua Semana de Deslumbramentos, de Jaromil Jires
Obra-chave da Nova Onda Tcheca, surrealista, sobre uma garota entre os sinais da beleza e do horror. As inúmeras análises sobre o filme apontam a representações do fim da infância e da descoberta sexual.
11) Trágica Separação, de Claude Chabrol
Entre tantos filmes de Chabrol, este está entre os menos lembrados. A história de uma família desintegrada ora pelo olhar da protagonista, a nora recusada, ora pelo do algoz contratado para destruí-la.
10) Uma História de Amor Sueca, de Roy Andersson
A linearidade dessa bela história não deixa prever os filmes que Andersson faria mais tarde. Este é certamente seu ponto alto, a rota de colisão do mundo leve e adolescente com os amargurados adultos.
9) Investigação Sobre um Cidadão Acima de Qualquer Suspeita, de Elio Petri
Quem é capaz de julgar e condenador os donos do poder? Nesse filme instigante, o vilão é o delegado de polícia que comete crimes e testa sua própria instituição. Relações com o fascismo são inevitáveis.
8) M.A.S.H, de Robert Altman
A Palma de Ouro de Altman. A comédia anárquica que lançaria o diretor como uma das principais mentes criadoras desse período único que foi a Nova Hollywood. A comédia da guerra, o riso no lugar errado – ou certo.
7) O Jardim das Delícias, de Carlos Saura
O franquismo mofado ganha espaço nesse filme brilhante. Uma família burguesa precisa fazer um de seus membros reviver a memória e, para isso, lança mão de diferentes meios de interpretação e até sessões de tortura.
6) Performance, de Donald Cammell e Nicolas Roeg
O criminoso envolve-se com seres libertinos no espaço em que é trancafiado, vive delírios e, aos poucos, assiste à troca de personalidade com outro homem, interpretado pelo músico Mick Jagger. Brilhante e surreal.
5) A Confissão, de Costa-Gavras
Yves Montand fez filmes significativos com Costa-Gavras. Aqui ele é o vice-ministro levado ao cárcere sem saber por quê, submetido a diversos interrogatórios – até o ponto em que a mentira torna-se verdade.
4) O Garoto Selvagem, de François Truffaut
O menino é retirado da selva. Levado a uma escola, aos cuidados de um professor interpretado pelo próprio Truffaut, aprende a linguagem, a se comunicar, em processo de socialização com diversos altos e baixos.
3) O Açougueiro, de Claude Chabrol
Na pequena cidade, o açougueiro local aproxima-se da professora. Crimes ocorrem por ali à medida que os sentimentos entre ambos ganham espaço. Obra-prima misteriosa, talvez o melhor filme do mestre francês.
2) Cada um Vive Como Quer, de Bob Rafelson
O operário toca piano e não se encontra na própria família. O que deveria ser uma viagem para reencontrar seus parentes dá lugar a profundas transformações. Esse homem quer escapar, resume o espírito de seu tempo.
1) O Conformista, de Bernardo Bertolucci
O fascista alienado é contratado para ir a Paris e matar seu antigo professor de filosofia. O choque com o sexo oposto – a bela mulher da vítima – faz com que esse itinerário maldito ganhe novos contornos.

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Eu era um menino quando vi A Confissão. Para mim era apenas um filme de um homem perseguido e preso. Só Depoi vim a saber do contexto político
Esse filme produz grande mal-estar. Abraço.
Eu vi no cinema, pela primeira vez, ano passado.
Além de Mash, Patton, Cada um vive como quer, lembrei do círculo vermelho, se bem que não recordo detalhes.
Círculo tem Alain Delon. Grande filme.
Dos quais eu conheço o meu favorito é Cada um Vive Como Quer.
Filmaço!!!
Onde assistir essas maravilhas?
Cada Um Vive Como Quer eu achei no Google Play Filmes,mas os outros…
Infelizmente boa parte não está no streaming. O DVD acaba sendo a melhor opção. Abraços.