Seria 1990 um ano a ser lembrado pelos filmes que ganharam os grandes prêmios? Dança com Lobos ficou com o Oscar, Coração Selvagem com a Palma de Ouro. Bons filmes, sem dúvida. Mas uma revisão mostra que outras obras sobreviveram melhor ao tempo, a exemplo das 20 postas abaixo.
20) O Marido da Cabeleireira, de Patrice Leconte
O que em momentos soa como uma história de amor logo dá lugar a um filme sobre o desejo, feito com grande sensibilidade pelo talentoso Leconte. Os closes do protagonista são inesquecíveis.
19) Edward Mãos de Tesoura, de Tim Burton
Fábula sobre um rapaz meio Frankenstein, abraçado e depois perseguido pelos moradores de um subúrbio, com grande talento para a arte, mas cujas mãos também sempre o levam a causar problemas.
18) Sonhos, de Akira Kurosawa
Filme episódico do mestre japonês, talvez sua última grande obra. Entres as histórias, difícil esquecer a que envolve o pintor Van Gogh (interpretado por Martin Scorsese) e a beleza das cores levadas ao cinema.
17) Louca Obsessão, de Rob Reiner
Escritor é salvo por uma mulher obsessiva, uma fã que não permite que ele deixe sua casa e passa a torturá-lo. Pela grande vilã, Kathy Bates ganhou um merecido Oscar de melhor atriz.
16) Van Gogh – Vida e Obra de um Gênio, de Robert Altman
Antes de ajudar a definir toda uma década com O Jogador e Short Cuts, o mestre Altman ainda teve tempo de fazer um belo filme sobre o pintor, dando considerável espaço ao seu irmão, Theo.
15) A Glória de Meu Pai e O Castelo da Minha Mãe, de Yves Robert
Não dá para separar esses dois belos filmes, a partir das histórias do escritor e cineasta Marcel Pagnol. Em ambos, acompanhamos a rotina de aventuras e descobertas de um garoto, o próprio escritor.
14) O Vingador do Futuro, de Paul Verhoeven
Um homem decide embarcar em uma vida paralela, em um divertimento do futuro, mas acaba descobrindo o que talvez seja sua verdadeira identidade. O melhor filme com o grandalhão Schwarzenegger.
13) Metropolitan, de Whit Stillman
Stillman é um diretor elegante. Há quem o compare a Woody Allen. Pena que seus filmes nem sempre são lembrados. Aqui, um grupo de amigos nova-iorquinos reúne-se para falar sobre um pouco de tudo.
12) O Reflexo do Mal, de Philip Ridley
Pérola do cinema de horror. O protagonista é um garoto que gosta de matar sapos ao lado dos amigos, que acredita que uma viúva das redondezas seja uma bruxa e que tem admiração pelo irmão mais velho.
11) A Viagem do Capitão Tornado, de Ettore Scola
Homenagem do grande diretor italiano ao mundo do teatro. Em cena, as desventuras de uma trupe pela França do século 17, entre cenários abertamente falsos e a miséria da época que o filme retrata.
10) Paris is Burning, de Jennie Livingston
Documentário fascinante sobre uma casa de shows de Nova York. Seguimos de perto a vida das artistas drag queens que se lançam à pista de dança. Uma história de sonhos, também de desilusões.
9) Senhor Johnson, de Bruce Beresford
Grande filme sobre o colonialismo no continente africano. A personagem-título é o africano explorado em sua pior face: o homem que ama os britânicos e aceita seu destino naturalmente trágico.
8) Um Anjo em Minha Mesa, de Jane Campion
A fascinante história da poetisa Janet Frame, da infância à vida adulta, passando pelos maus dias em uma clínica psiquiátrica. Depois de Sweetie, Campion lança-se definitivamente como grande realizadora.
7) Ajuste Final, de Joel e Ethan Coen
Filme de gângsteres dos irmãos Coen, com seus inconfundíveis toques cômicos. O protagonista é o capanga que se envolve com a mulher do chefe e se vê no meio de uma luta entre dois grupos criminosos.
6) O Ferrão da Morte, de Kôhei Oguri
Filme japonês difícil, de cenas fortes, que precisa ser descoberto. É sobre um casal que entra em espiral de loucura após a mulher descobrir a infidelidade do marido. Prêmio da Crítica Internacional e do Júri em Cannes.
5) A Garota da Fábrica de Caixas de Fósforo, de Aki Kaurismäki
Um dos melhores filmes do finlandês Kaurismäki, certamente o mais forte. A história da garota que trabalha em uma fábrica, que pouco ou nada se comunica com a família e que vê debandar a possibilidade do amor.
4) Os Imorais, de Stephen Frears
Filme de trapaceiros, de roteiro afiado, com John Cusack como o filho de relações tensas com a própria mãe, vivida por Anjelica Huston, e com uma das cenas de morte mais assustadoras da História do cinema.
3) O Rei de Nova York, de Abel Ferrara
O chefão é Frank White, interpretado por Christopher Walken, um dos principais colaboradores de Ferrara. Ele acaba de sair da cadeia e precisa se impor em seu território, com drogas, gangues e belas mulheres.
2) Close-Up, de Abbas Kiarostami
Kiarostami decidiu fazer esse filme após saber, pelo jornal, que um homem enganou uma família inteira ao se passar pelo também cineasta Mohsen Makhmalbaf. O verdadeiro criminoso é então convertido em ator.
1) Os Bons Companheiros, de Martin Scorsese
A última obra-prima de Scorsese (perdoem-me os fãs de O Irlandês). Conta a jornada de um rapaz (Ray Liotta) que cresce no mundo da máfia, com seu “sucesso”, seu casamento e as inevitáveis traições.
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