Em um dos tantos momentos emocionantes de Nashville, obra-prima de Robert Altman, Keith Carradine dedica sua próxima canção a uma das mulheres da plateia. Não diz quem é ela. As damas presentes se entreolham, alguns homens mostram descontentamento. Música e cinema, juntos, em momento mágico. “I’m easy”.
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Em Sem Destino, a canção de Steppenwolf dá o tom do que seria a década seguinte. Homens livres pela estrada em motos envenenadas, atrás de uma nova América, no caminho contrário ao da marcha da colonização. Em outro caso, ainda anterior, um rapaz descobre sua vida sexual – com uma mulher mais velha – ao som de Simon & Garfunkel.
A essa altura, no fim dos anos 1960, as transformações estavam claras. As canções abaixo ajudam a compreender isso, entre fúria e paixão, sem descartar algo meloso. Músicas sobre amores perdidos, descobertas frustradas. A Nova Hollywood não deixou apenas grandes filmes.
São apenas dez canções de uma época extraordinária, para muitos o último grande momento do cinema americano. Abaixo, um recorte.
“The Sounds of Silence” (A Primeira Noite de um Homem, 1967)
“In the Heat of the Night” (No Calor da Noite, 1967)
“Born to Be Wild” (Sem Destino, 1969)
“What the World Needs Now Is Love” (Bob, Carol, Ted e Alice, 1969)
“Everybody’s Talkin’” (Perdidos na Noite, 1969)
“Suicide Is Painless” (M.A.S.H, 1970)
“The Way We Were” (Nosso Amor de Ontem, 1973)
“I’m easy” (Nashville, 1975)
“Seems Like Old Times” (Noivo Neurótico, Noiva Nervosa, 1977)
“Aquarius” (Hair, 1979)
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Grande seleção de ótimas canções, de bons filmes. Pena que hoje não existam quase as trilhas sonoras. Adorei o post.