Woody Allen: “sempre exigi total controle artístico dos meus filmes”

Estava pensando em, num futuro não muito distante, escrever alguma coisa intitulada “Como foi que eu durei?”. Cheguei a brincar com isso, mas achei que seria muito autorreferente. Estava fazendo sessenta e quatro anos e trabalho desde os dezesseis, então me perguntei como foi que durei. Por exemplo, quem é meu público? O meu público nunca foram os garotos de faculdade quando deveria ter sido. Certamente não são os garotos de faculdade agora. Não são caipiras, nem fundamentalistas protestantes, nem a maior parte dos Estados Unidos. Também não são os intelectuais – posso indicar um bando deles que nunca apoiou meu trabalho. Jamais ganhei muito dinheiro, sempre exigi total controle artístico dos meus filmes, mesmo diante de uma série de filmes que não deram lucro – e sempre consegui total controle. Quer dizer, uma coisa meio irracional.

Woody Allen, cineasta, em entrevista a Eric Lax, ao ser questionado sobre sua longevidade em Conversas com Woody Allen (janeiro de 2000; Cosac Naify; pgs. 417 e 418). Abaixo, Allen em Broadway Danny Rose.

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