As obras de Eric Rohmer centram-se na relação entre homens e mulheres, entre amigos e amantes, quase sempre com triângulos, ou com mais casais, e quase sempre com pessoas apaixonadas e de bom coração no caminho dos cínicos e aventureiros. Segue o problema: resumir assim o cinema de Rohmer é esbarrar na injustiça.
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É mais que isso, sempre parecendo francês demais, como se tornou comum classificar o cinema desse país: muito diálogo, pessoas distantes da dramatização esperada, citações a grandes pensadores, dúvidas existenciais e, claro, adultério.
Da geração da nouvelle vague, Rohmer trabalhou antes como crítico. Ao longo da carreira, desenvolveu três grandes séries: os Contos Morais, as Comédias e Provérbios e os Contos das Quatro Estações – que totalizam 16 filmes, entre eles um curta (A Padeira do Bairro, o primeiro conto moral). Abaixo, o melhor do diretor.
10) Noites de Lua Cheia (1984)
Nesse delicioso filme de chegadas e partidas, uma mulher está em dúvida se deve se casar. Durante uma noite, deverá repensar sua situação.
9) O Signo do Leão (1962)
Em seu primeiro longa, Rohmer faz uma homenagem a Boudu, de Renoir, com o homem que acredita ter herdado a fortuna da tia rica.
8) O Joelho de Claire (1970)
De barba saliente, Jean-Claude Brialy faz o protagonista, longe de ser um garoto, obcecado pelo joelho da bela Claire, a jovem ninfeta.
7) Pauline na Praia (1983)
A pequena Pauline está descobrindo o amor e é a mais equilibrada nessa bela comédia à beira-mar, com fotografia de Néstor Almendros.
6) Amor à Tarde (1972)
A última parte dos Contos Morais inclui um homem que passa as tardes à toa e, certo dia, tem uma visita inesperada: a amante de um amigo.
5) Conto de Inverno (1992)
O melhor dos Contos das Quatro Estações faz confundir: será a vida fruto do acaso ou nada escapa ao destino? Pode ser a síntese do cinema de Rohmer.
4) O Raio Verde (1986)
O título refere-se ao momento mágico entre o dia e a noite, quando o sol emite seu último feixe de luz. É um detalhe caro desse filme de descobertas.
3) A Carreira de Suzanne (1963)
Curioso e simples triângulo amoroso formado por jovens franceses antes da politização do maio de 68, no espírito livre da nouvelle vague.
2) Minha Noite com Ela (1969)
Jean-Louis busca a mulher ideal. Certa noite, mergulha em uma conversa com a experiente Maud, que pode mudar seu destino.
1) A Colecionadora (1967)
É sobre um rapaz que não quer fazer nada, o único evitado pela fácil Haydée. Como prova Rohmer, a grandeza está nas pequenas coisas.
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