Adoro poesia grotesca e acho que meus filmes têm esse estilo, que combina humor e drama, ironia e cinismo, comédia e tragédia. Permite tocar com diferentes tons e ritmos narrativos. É mais do que um estilo – a narrativa grotesca reflete minha própria personalidade.
Como digo no documentário Behind the White Glasses [de Valerio Ruiz, 2015], acho que tenho duas almas. Uma é brincalhona, irônica, com senso de humor. A outra está em contato com a face dramática da vida e com os problemas humanos em todo o mundo. As duas naturezas vivem em mim e nunca me abandonam. Meus filmes podem refletir essa personalidade inconscientemente.
Lina Wertmüller, cineasta, em entrevista a Hillary Weston, no site da Criterion (12 de abril de 2017; leia aqui; a tradução é deste site). Acima, Pasqualino Sete Belezas, o filme mais famoso de Wertmüller; abaixo, em dois momentos, a cineasta durante as filmagens do mesmo filme.
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