(…) Tarantino encontrou um emprego rentável na Video Archives, no bairro boêmio de Los Angeles, Manhattan Beach. A Video Archives original tornou-se desde então a Riviera Tuxedo, com a nova loja expandida tendo se mudado alguns quilômetros para Hermosa Beach. Seu proprietário, como nos velhos tempos, é o genial Lance Lawson. Lawson se lembra da primeira vez que o moleque de 20 anos que largou a escola entrou em sua loja em 1983, se coçando para falar de filmes. “Um dia, ele veio como um especialista em cinema e começamos a falar sobre filmes, e entramos nessa discussão sobre Brian De Palma. Quatro horas depois, ainda estávamos conversando.”
Tarantino voltou para a loja no dia seguinte e falou sobre Sergio Leone. Lawson acabou oferecendo um emprego a ele, pagando apenas quatro dólares por hora, com permissão para tirar quantos vídeos ele quisesse, de graça. De acordo com Lawson, Tarantino se vestia basicamente de preto, dirigia um Honda Civic preto, se entupia de hambúrgueres, era um leitor voraz de romances de mistério e quadrinhos… ou melhor, pulp fiction, amava Elvis e os Três Patetas e,segunda a lenda, era tão desorganizado na sua vida pessoal que juntou sete mil dólares em multas de trânsito. (“Fui preso umas três vezes por dirigir sem licença”, Tarantino confessa.)
Jeff Dawson, jornalista, em matéria reproduzida em Quentin Tarantino (“A vingança do nerd”; organização de Paul A. Woods; Editora Leya, pgs. 27 e 28). Acima, Quentin Tarantino nos tempos da Video Archives. Abaixo, um vídeo em que ele, já cineasta, visita a loja em que trabalhou.
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Hummm
Legal a história.