(…) nascido em 1923, foi produto de uma ligação fora do casamento. Sua mãe, dona de uma loja de costura de alta qualidade, ficou viúva quando ele era menino. Ele conhecia o pai apenas “em flashes”, como disse. “Eu lembro que esse cavalheiro veio, especialmente à noite. Acordei e vi esse homem sombrio, nu, na cama com minha mãe.”
(…)
Ele estudou arquitetura na Universidade de Florença, mas amava teatro. No final da década de 1940, o diretor Luchino Visconti viu o loiro de olhos azuis Zeffirelli trabalhando como ajudante de palco em Florença. “Eu implorei a ele, mostrei a ele meus projetos como cenógrafo, esse era o meu sonho”, o senhor Zeffirelli disse.
Seu primeiro grande sucesso foi em 1949, projetando o cenário para a primeira produção italiana de Um Bonde Chamado Desejo, dirigida por Visconti. “Havia muitas histórias de Visconti, de mim mesmo e do relacionamento que se desenvolveu”, disse Zeffirelli. “Mas a qualidade do meu trabalho não autorizou ninguém a duvidar da minha séria preparação profissional.”
Ele morou com Visconti por três anos. Em sua autobiografia de 2006, o senhor Zeffirelli escreve que nunca gostou de discutir sua vida pessoal, mas que se considera “homossexual”, não “gay”, um termo que considera menos elegante.
Rachel Donadio, jornalista, em The New York Times (“Maestro Still Runs the Show, Grandly”, em 18 de agosto de 2009; leia aqui em inglês; a tradução é deste site). Abaixo, Zeffirelli nas filmagens de A Megera Domada, ao lado de Richard Burton.
Curta o Palavras de Cinema no Facebook
Veja também:
Bruno Ganz (1941-2019)