De todas as perguntas frívolas que me fizeram sobre meus filmes, uma das mais frequentes, das mais obsessivas, diz respeito à pequena caixinha que um cliente asiático leva consigo ao bordel. Ele a abre e mostra às garotas o que contém (nós não vemos). As garotas recusam com gritos de horror, exceto Séverine, na verdade interessada. Não sei quantas vezes me perguntaram, sobretudo mulheres: “O que tinha nessa caixinha?”. Como não faço a mínima ideia, a única resposta possível é: “O que você quiser”.
Luis Buñuel, cineasta, sobre o famoso objeto de A Bela da Tarde, em Meu Último Suspiro (Cosac Naify; pg. 337). Acima, Séverine (Catherine Deneuve) descobre o que há na tal caixinha; abaixo, a atriz em outra cena.
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