Foi com esse filme, O Homem do Oeste, que de repente eu entendi como os filmes são feitos. Eu era finalmente capaz de ler toda aquela arquitetura. Claro que poderia ter acontecido com outros filmes – mas, não por coincidência, aconteceu com os de Anthony Mann. Ali, eu percebi como uma cena era construída com planos abertos – Mann fazia planos abertos fantásticos. Só outro mestre, John Ford, alcançava a perfeição de seus planos, planos médios, closes, planos gerais, planos em movimento e steadicam. Claro que você pode aprender isso em qualquer filme, mas eu aprendi a arte de fazer cinema com uma série de filmes de Anthony Mann exibida na Cinemateca [Francesa] – e especialmente com O Homem do Oeste. (…) Em O Homem do Oeste, entendi como um cineasta pode guiar seu olhar, te deixar confortável e te colocar no meio da cena. Entender isso foi um longo passo para mim, quase uma revelação.
Wim Wenders, cineasta, para o ciclo Os Filmes da Minha Vida, da Mostra Internacional de Cinema, no livro Os Filmes da Minha Vida 3 (Imprensa Oficial; pg. 21). Acima e abaixo, Gary Cooper em O Homem do Oeste.
Curta nossa página no Facebook e siga nosso canal no YouTube
Veja também:
A força de Laranja Mecânica, segundo Anna Muylaert