Filmado em ambientes naturais espetaculares dos estados da Geórgia, Carolina do Norte e Carolina do Sul, o filme contém uma mensagem ecológica animada e uma crítica acurada da capacidade do homem “civilizado” de invadir a natureza. Esses temas não são novos na filmografia de Boorman, já que em A Floresta das Esmeraldas, por exemplo, abordava a vida em uma tribo amazônica. Amargo Pesadelo também funciona como uma reflexão sobre até que ponto de desumanização uma pessoa pode chegar, tirando o pior de si mesma em circunstâncias extremas. Qualquer um pode quebrar seus códigos morais e mostrar sua face mais violenta e irracional quando vê sua vida em perigo ou quando há algum dano a alguém que importe. (…) Com cenas de ação vibrantes e realistas, como as descidas vertiginosas dos protagonistas pelas correntezas em suas canoas – que foram filmadas sem dublê na maioria dos casos – e uma crueza nas passagens mais violentas, Amargo Pesadelo pode ser considerado um dos melhores filmes de aventura e suspense de toda a década.
Jose Antonio Martín, crítico de cinema, no site El antepenúltimo mohicano (leia aqui; tradução do blog). Abaixo, Jon Voight durante as filmagens.
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