Por muito tempo sob a fama de “maldito”, Mario Bava demorou a ser reconhecido como mestre e figurar ao lado de outros gênios da sétima arte. Fez, no gênero terror, suas grandes obras, sem medo de soar exagerado. Abaixo, um pouco de seu melhor, entre obras que exploram o sobrenatural e alguns bons exemplos de giallo.
10) Cinco Bonecas pela Lua de Agosto (1970)
Em uma casa à beira-mar, um assassino em série mata os agitados frequentadores do local. Os corpos são colocados em uma câmara fria e enfileirados. Belo giallo ao gosto do mestre italiano.
9) O Ciclo do Pavor (1966)
Também conhecido como Mata, Bebê, Mata, esse interessante terror traz uma típica situação do gênero, também vista em A Maldição do Demônio: o cético que não crê em fantasmas e será uma de suas vítimas.
8) O Alerta Vermelho da Loucura (1970)
Diferente de outros filmes de Bava, aqui o assassino é entregue desde o início. Ele persegue mulheres vestidas de noiva. Em cena surgem os conhecidos manequins e cenários típicos do diretor, em clima delirante.
7) Cães Raivosos (1974)
À primeira vista, pode parecer um Bava atípico. Em cena, três bandidos fazem reféns um motorista, uma mulher e seu bebê após assaltarem um laboratório. Claustrofóbico e com encerramento surpreendente.
6) A Maldição do Demônio (1960)
O primeiro filme dirigido inteiramente pelo mestre, já com muitas de suas marcas. Desde o início, com a morte da bruxa de Barbara Steele, diz a que veio. Um filme belíssimo. Marcou época e uma série de diretores.
5) Banho de Sangue (1971)
Outro que segue a fórmula “assassino mata pessoas belas em local isolado”. É talvez o filme mais violento do mestre, com algumas cenas famosas. Nem as crianças escapam ao círculo de maldade.
4) A Garota que Sabia Demais (1963)
Considerado o primeiro giallo da história. Moça vai passar alguns dias em Roma, na casa da tia, que logo morre. À noite, perto de uma catedral, ela presencia um assassinato e tenta desvendá-lo.
3) Lisa e o Diabo (1973)
Dizem os especialistas que foi aqui, graças a Bava, que Telly Savalas aderiu ao pirulito, marca que levaria ao seriado Kojak. Em cena, ele é o Diabo, coadjuvante, a observar e mover as peças de um jogo.
2) Seis Mulheres para o Assassino (1964)
Grande giallo de cores e ambientação magníficas, passado em um círculo de moda, com um assassino de máscara branca e sobretudo que pode ser qualquer uma daquelas mesmas pessoas em exposição.
1) As Três Máscaras do Terror (1963)
Tem ninguém menos que Boris Karloff como mestre de cerimônias e três grandes histórias de terror das quais nunca se sai indiferente. Obra-prima em que os episódios têm mais em comum do que se imagina.
SOBRE O AUTOR:
Rafael Amaral é crítico de cinema e jornalista (conheça seu trabalho)
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