Ao final de Nashville, quando toda a tensão acumulada explode em tiros e sangue, a câmera, num movimento vertical, vai descobrir pela primeira vez o céu (um buraco branco e vazio), onde nada parece existir, nem mesmo a palavra “fim” (the end). Nashville é um filme a prosseguir, um esboço (rápido) de um momento da civilização americana, na passagem de seus duzentos anos. Um documento para a posteridade.
Tuio Becker, crítico de cinema, na Folha da Manhã (novembro de 1976). A crítica está reproduzida no livro Sublime Obsessão (Unidade Editorial; pg. 253). Acima, o diretor Robert Altman, na câmera, durante as filmagens de Nashville, lançado em 1975.
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