Parece caseiro e feito à mão. Centenas já tentaram ser Robert Altman – ou Altmanescos – mas lhes falta um certo ingrediente: não são ele. Não existe ninguém como ele. Ele pode ser imitado e pode influenciar, mas é impossível de ser alcançado ou capturado – é imprevisível e o rio que segue é só dele. É obstinado e generoso, petulante e reconfortante, e tem o melhor sorriso que um diretor de cinema pode ter. Um homem de Kansas City que lutou em guerras, tatuou cachorros, escreveu músicas e socou produtores.
Não se pode chamar muitos diretores de artista. Mas Bob é. Diretores podem ser um grupo malévolo e intragável, mas quando surge o nome de Bob – todos param e mudam o tom. Todos respeitam o Bob. Todos se curvam em reverência.
Paul Thomas Anderson, cineasta, no prefácio do livro Altman on Altman (o prefácio está traduzido e incluso no catálogo da mostra As Muitas Vidas de Robert Altman, do qual o trecho acima foi retirado; pg. 30).
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