13 bons filmes recentes situados no universo feminino

As vidas e dramas de diferentes mulheres ganham destaque nos 13 títulos abaixo. A lista volta-se a filmes com grandes personagens femininas e grandes atrizes para vivê-las. Todos recentes, passando pela abordagem do amor profundo pelo homem errado, pelo abuso sexual, pelo rompimento familiar, pelas tentativas de ser livre.

Amor Profundo, de Terence Davies

É provável que Davies tenha se inspirado nas grandes histórias de amor de David Lean, Desencanto e A História de uma Mulher, para esculpir tal obra. Em cena, Rachel Weisz tem uma de suas melhores interpretações como a mulher de um juiz que se envolve com jovem piloto (Tom Hiddleston) e entra em uma espiral de autodestruição.

Gloria, de Sebastián Lelio

A protagonista vaga pela noite, dança, encontra alguns homens para paquerar. Sua vida, apesar do tom cômico ora ou outra adotado, inclui melancolia e tristeza. Começa a namorar com um desses homens, alguém inseguro, inconstante, que insiste em não apresentá-la para sua família. Um belo filme cuja alma é a atriz Paulina García.

O Julgamento de Viviane Amsalem, de Ronit Elkabetz e Shlomi Elkabetz

O longo julgamento de uma mulher em busca do divórcio e, por extensão, uma crítica ao sistema jurídico machista e religioso de Israel. À medida que tenta se separar do marido, a mulher – e o espectador, claro – vê-se aprisionada ao tribunal de paredes brancas. Além de dirigir, Elkabetz assume a sofrida personagem central.

Carol, de Todd Haynes

O filme é contado pelo olhar de Therese (Rooney Mara), o olhar de descoberta voltado à personagem-título, vivida por Cate Blanchett. A jovem balconista ao encontro da mulher formada, nessa bela história de amor em que Haynes remete o espectador aos melodramas de Douglas Sirk, com a exposição da hipocrisia.

Um Belo Verão, de Catherine Corsini

A moça do campo (Izïa Higelin) vai viver na cidade e termina apaixonada por outra mulher. A da cidade (Cécile De France) não entende ao certo essa atração estranha, nesse filme ambientado nos anos 70, em meio ao movimento feminista francês. Por aqui, a mulher aparentemente emancipada ainda tem algo a descobrir.

Ninguém Deseja a Noite, de Isabel Coixet

A mulher imponente é Josephine, interpretada por Juliette Binoche, nos confins do planeta, em ambiente gelado, atrás do marido explorador. Ela termina encontrando Allaka (Rinko Kikuchi), grávida do mesmo explorador. À medida que o frio torna-se insuportável e a vida difícil, nasce uma aproximação entre elas.

Elle, de Paul Verhoeven

Mulher estuprada desenvolve uma estranha relação com seu abusador. Verhoeven retorna à grande forma ao apostar mais nos efeitos dessa relação, menos na busca pela identidade do criminoso ou no encerramento esperado. De quebra, oferece a Isabelle Huppert mais uma grande personagem, caso que merecia um Oscar.

Mulheres do Século 20, de Mike Mills

O filho pede mais independência. A mãe, interpretada pela ótima Annette Bening, não sabe ao certo como lidar com a situação. Aos poucos, novas mulheres entram na história, como a angelical Elle Fanning e a sempre atraente – um pouco maluquinha – Greta Gerwig. São as mulheres que brilham em um filme sobre o crescimento de um garoto.

Julieta, de Pedro Almodóvar

Passado e presente de uma mulher retornam à tela: da apaixonante Adriana Ugarte à culpada Emma Suárez, o público é levado a uma jornada de redescoberta, ao mesmo tempo em que a protagonista tenta reencontrar a filha. Almodóvar finca os pés outra vez no universo feminino e faz pensar em alguns de seus melhores trabalhos.

O Que Está por Vir, de Mia Hansen-Løve

Huppert de novo. E de novo em grande momento, em um filme que passou despercebido para muita gente e merece destaque. Ao redor de Nathalie (Huppert), tudo se transforma: o marido, os filhos, a mãe. Não dá para lutar contra o tempo, ela descobre, à medida que se aproxima de um ex-aluno e de seu círculo de amigos.

Como Nossos Pais, de Laís Bodanzky

A mulher salva o dia, a família, assume as “broncas” da casa – enquanto o marido sai para fazer sua vida. É um pouco assim, desse drama, que Bodanzky dá vida a um dos filmes brasileiros mais bonitos dos últimos anos, com destaque para a dupla feminina, mãe e filha na tela, as talentosas Clarisse Abujamra e Maria Ribeiro.

A Vida de uma Mulher, de Stéphane Brizé

A triste trajetória de uma mulher que amou demais e sofreu em igual intensidade, vítima das traições do marido, das investidas, mais tarde, do filho interesseiro. De época, é também um filme realista, próximo às personagens, em que sua atriz central, a talentosa Judith Chemla, atravessa décadas da vida de uma mulher, entre altos e baixos.

Roma, de Alfonso Cuarón

Os homens vão embora, desaparecem. As mulheres fortes de Cuarón ficam e enfrentam desafios em um país em transformações políticas. Uma delas, a protagonista, é a empregada; a outra, a patroa. Antes distantes, elas aproximam-se cada vez mais nesse grande filme em preto e branco que injustamente ficou sem o Oscar de melhor filme.

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