O “amor” se manifesta nas pequenas coisas, na troca de ideias, em conversas soltas. Durante um café da manhã, um lapso de memória de Anne sinaliza que o poder do tempo sobre corpo e mente dos simples mortais começou sua marcha irreversível. Aquela interrupção no fluxo da vida será apenas o primeiro de vários acidentes cerebrais rumo à deterioração física e mental de Anne. A princípio, Georges reage com vigor e exige o mesmo da companheira. Mas o tempo não costuma jogar a favor de quem se aproxima do fim. Ou daqueles que acompanham a caminhada final de seus entes queridos.
Susana Schild, crítica de cinema e roteirista, na revista Teorema (nº 22, agosto de 2013; pg. 28). Abaixo, Haneke (à esquerda) ao lado de seu casal de atores, Emmanuelle Riva e Jean-Louis Trintignant.
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