Os filmes da Keystone derivavam do vaudeville, do circo, dos esquetes cômicos do teatro de variedades, ao mesmo tempo em que também eram derivados da realidade da América do início do século 20. Era um mundo de ruas selvagens e poeirentas, com casas de madeira de um só aposento; de armazéns e lojas de ferragens, dentistas e saloons; restaurantes e salões de beleza, vestíbulos de hotéis baratos; dormitórios com camas de ferro e lavatórios raquíticos; estradas de ferro e automóveis angulosos que estavam tomando o lugar dos cavalos e das charretes; homens com chapéus-coco e grandes suíças; senhoras com chapéus emplumados e saias balonê; crianças mimadas e cachorros perdidos. O material da comédia era a caricatura severa das alegrias e terrores ordinários da vida cotidiana.
David Robinson, crítico e historiador, em Chaplin – Uma Biografia Definitiva (Editora Novo Século; pgs. 105 e 106). Acima, uma cena de Carlitos e as Salsichas, um dos filmes de Charles Chaplin no estúdio Keystone, em 1914, seu primeiro ano em Hollywood.
Algumas fontes creditam a direção desse curta-metragem a Mack Sennett, o chefão do estúdio; outras, à atriz Mabel Normand (na imagem acima).
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