Elas compõem o grupo das damas fatais, ou femme fatales, que por muito tempo povoou o cinema noir americano. São mulheres perigosas, capazes de tornar a vida dos companheiros um verdadeiro inferno. Boa parte delas não ama. Algumas ainda mostram sentimentos e podem se transformar ao fim. Abaixo, dez loiras de filmes inesquecíveis.
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Phyllis Dietrichson (Barbara Stanwyck) em Pacto de Sangue
O diretor Billy Wilder confessou que a peruca loira era proposital. A ideia era tornar Stanwyck uma “mulher barata”. Sua composição é assustadora e histórica.
Cora Smith (Lana Turner) em O Destino Bate à Sua Porta
Difícil esquecer a primeira aparição de Smith, a loira aproveitadora em um restaurante à beira da estrada, casada com o homem errado, sob os flertes de John Garfield.
Elsa Bannister (Rita Hayworth) em A Dama de Shangai
Tão perfeita quanto Hayworth no papel – o oposto da Gilda de cabelos volumosos – é o “pato” interpretado por Orson Welles, também diretor e então marido da atriz.
Gabrielle (Gaby Rodgers) em A Morte Num Beijo
A falsidade e o desejo ficam claros na forma como ela alisa a mala, a suposta Caixa de Pandora. Ela engana o anti-herói de Ralph Meeker e, a certa altura, ousa abrir a caixa.
Madeleine/Judy (Kim Novak) em Um Corpo que Cai
Em meio ao jogo que inclui o medo de altura do herói de James Stewart, ela terá novamente de assumir os cabelos loiros ao fim, ser sua velha personagem.
Marnie Edgar (Tippi Hedren) em Marnie, Confissões de uma Ladra
O terreno é, de novo, o de Hitchcock, com suas relações psicanalíticas, sobre uma ladra compulsiva e um ricaço que talvez deseje fazer amor com ela enquanto esteja roubando.
Alex Forrest (Glenn Close) em Atração Fatal
Não é muito bonita. Torna-se cada vez mais estranha, repulsiva: mata pequenos animais, faz jogos com a mulher do amante e até leva o filho dele para passear.
Catherine Tramell (Sharon Stone) em Instinto Selvagem
Lembrada pela cruzada de pernas, Stone está à vontade e se deixa levar pelo jogo perigoso. Paul Verhoeven acerta o tom nessa homenagem aos homens fracos do cinema.
Lynn Bracken (Kim Basinger) em Los Angeles: Cidade Proibida
Hollywood abriga figuras falsas, prostitutas com rostos de atrizes. É o caso de Bracken, sósia de Veronica Lake, que coloca os dois protagonistas e policiais a seus pés.
Laure/Lily (Rebecca Romijn) em Femme Fatale
Os filmes de Brian De Palma sempre foram acusados de beber na fonte de Hitchcock. Os ingredientes são irresistíveis: a bela fatal, o mundo do cinema e identidades trocadas.
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