Difícil imaginar atriz mais completa, na atualidade, que Juliette Binoche. Seu talento permite escolher cineastas para trabalhar, além de coadjuvantes em grandes produções como Godzilla, ou mesmo em projetos ambiciosos mas frustrantes como Os 33.
Da aparência de menina, nos anos 80, Binoche aos poucos amadureceu sob o “neon realismo” de Os Amantes de Pont-Neuf e, depois, no drama A Liberdade é Azul, primeira parte da Trilogia das Cores. Ganhou um Oscar de coadjuvante (O Paciente Inglês), fez comédias bobas e filmes despretensiosos como Chocolate. Abaixo, seus melhores momentos selecionados pelo blog.
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10) Camille Claudel 1915, de Bruno Dumont
O cineasta Dumont faz um cinema quase à margem, exigente, e aqui leva Binoche ao tempo sofrido em que a verdadeira Camille esteve confinada em um hospício.
9) Maria, de Abel Ferrara
A atriz Marie Palesi (Binoche) transforma-se após interpretar Maria Madalena em um filme sobre Cristo, cujo diretor deseja faturar alto. A obra de Ferrara discute a intolerância.
8) Código Desconhecido, de Michael Haneke
De novo vive uma atriz. O filme parte de um ato de violência, quando dois garotos brigam na rua; depois, embaralha realidade e ficção com a vida e o trabalho da mulher.
7) Aproximação, de Amos Gitai
Ela é Ana no filme do já consagrado Gitai, que reencontra o meio-irmão e, depois, segue à Faixa de Gaza em busca da filha. Discussões políticas também estão presentes.
6) Cópia Fiel, de Abbas Kiarostami
O que é verdadeiro ou falso nesse grande filme? Terá a cópia o mesmo valor da obra original? Binoche é a mulher que talvez esteja perto de se reconciliar com o companheiro.
5) Horas de Verão, de Olivier Assayas
A família reencontra-se na velha casa que poderá ser vendida pelos filhos. A atriz é um dos irmãos que deixou o local e que mais tarde retorna nesse belo trabalho de Assayas.
4) Rendez-vous, de André Téchiné
É sobre máscaras, sobre exageros, com jovens vivendo criações de Shakespeare no teatro, enquanto a moça ao centro, outra atriz, vive à sombra de um jovem suicida.
3) Caché, de Michael Haneke
Casal recebe fitas ameaçadoras com conteúdo aparentemente simples: gravações da fachada da casa de ambos, com suas entradas e saídas. É apenas o começo de uma obra assustadora.
2) A Insustentável Leveza do Ser, de Philip Kaufman
É a fotógrafa Tereza, que, em Praga, nos anos 60, registra um momento histórico – a chegada dos tanques soviéticos – enquanto vive momentos de libertação e amor.
1) A Liberdade é Azul, de Krzysztof Kieslowski
A protagonista tenta se livrar do passado após a morte do marido e da pequena filha em acidente que abre esse filme espetacular – ainda que tudo, como a música dele, volte para assombrá-la.
Veja também:
Os cinco melhores filmes de Bruno Dumont
Os cinco melhores filmes de Michael Haneke
Faltou Perdas e Danos..
Não coube. O filme é bom, mas está longe de ser o melhor dela e do diretor, o grande Louis Malle. Volte sempre.
Falta “Chocolate”.
Acho os dez da lista melhores. Abraços!