Minha primeira motivação na vida foi literária. Eu achava que seria romancista, um maravilhoso e obscuro romancista (risos). Quando criança, via filmes o tempo todo, mas de cinema em geral, sem nenhum gênero específico. Minha inspiração principal, ao menos consciente, vem da literatura, sobretudo dos romancistas que você mencionou [William Burroughs, Vladimir Nabokov e Henry Miller]. Na juventude, vi muito Fellini e Bergman, fiquei muito entusiasmado por Jean-Luc Godard, mas isso foi antes de eu saber que seria cineasta. De todo modo, é difícil separar nossas influências.
David Cronenberg, cineasta, em entrevista ao crítico de cinema José Geraldo Couto, no caderno Mais! do jornal Folha de S. Paulo (outubro de 1999; leia a entrevista aqui, para assinantes).
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