Há filmes que não prometem nada e revelam boas surpresas. Houve casos assim em 2015, como Kingsman: Serviço Secreto e A Colina Escarlate – apenas para citar dois.
Há também aqueles que geram expectativas, muitas vezes embalados por uma velha grife de sucesso, e chegam ao fim da corrida sem fôlego. Entregam pouco, quase nada. Houve vários casos assim em 2015. Abaixo, os dez mais gritantes – a partir de uma escolha pessoal, pois há na lista filmes elogiados pela crítica e pelo público.
10) Corações de Ferro, de David Ayer
O astro Brad Pitt é um militar à frente de um tanque de guerra nos últimos dias da Segunda Guerra Mundial, em um filme que não escapa aos manjados atos de bravura.
9) Chappie, de Neill Blomkamp
Com bons efeitos e sequências de ação, o badalado diretor de Distrito 9 de novo volta suas garras às grandes corporações, à luta entre opressores e oprimidos.
8) A Dama Dourada, de Simon Curtis
Uma entre tantas produções sobre o nazismo e em busca de um caminho original. Ao que parece, tenta repetir a fórmula de Philomena, mas sem o mesmo êxito.
7) Peter Pan, de Joe Wright
Carregado de maquiagem e na pele do pirata Barba Negra, Hugh Jackman não coloca medo em ninguém nesse filme sobre o início da história do jovem herói.
6) Samba, de Olivier Nakache e Eric Toledano
Os diretores realizaram antes o agradável Intocáveis. Na nova produção, abordam a imigração na França atual e erram na abordagem do drama e da comédia.
5) Selma: Uma Luta pela Igualdade, de Ava DuVernay
O típico drama quadrado, feito na medida para o Oscar, cheio de momentos edificantes. O fim não seria diferente: é Martin Luther King discursando na porta da Casa Branca.
4) Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros, de Colin Trevorrow
Das partes anteriores, apenas a primeira vela a lembrança. Por isso, esperava-se um retorna às origens. Resta ao fim apenas a aventura juvenil com monstros gigantes.
3) Grandes Olhos, de Tim Burton
Os erros do diretor são evidentes: fora de seu universo mágico, ele não sustenta a história real, apelando às figuras caricatas, às velhas reviravoltas dramáticas.
2) A Travessia, de Robert Zemeckis
O diretor de Forrest Gump consegue apenas a profundidade visual, com boa recriação das Torres Gêmeas. Faltou a profundidade humana.
1) Perdido em Marte, de Ridley Scott
O ponto de partida é incrível: astronauta deixado em Marte busca meios para sobreviver. Com todos os vícios do cinemão americano – como os aplausos constantes dos cientistas da Nasa, o bom humor do astronauta isolado, as explicações do roteiro preguiçoso –, o filme de Scott não é mais que entretenimento passageiro.
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Essa listra perdeu a credibilidade quando colocou Perdido em Marte! Esse filme é maravilhoso!