Quem nunca se emocionou com os créditos iniciais de um filme não conhece o sabor da cinefilia. Apenas a enunciação da obra já faz muitos cinéfilos tremerem na cadeira. Parte do show, tais créditos, somados à trilha e às imagens, também ajudam a compreender o filme. Na lista abaixo, vários casos servem de exemplo.
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Imaginar alguns filmes de Alfred Hitchcock ou Otto Preminger sem os títulos de Saul Bass é impossível. Emoção igual dá-se com o nome de Antônio das Mortes, quando explode na tela, ainda na abertura de O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro, ou com as letras em rosa para o terror O Bebê de Rosemary. Exemplos não faltam. As ausências, por sua vez, existem (sempre) por causa do espaço. Aos 100.
Fausto, de F.W. Murnau
O Testamento do Dr. Mabuse, de Fritz Lang
Diabo a Quatro, de Leo McCarey
Rebecca, A Mulher Inesquecível, de Alfred Hitchcock
Contrastes Humanos, de Preston Sturges
Cidadão Kane, de Orson Welles
Mulher de Verdade, de Preston Sturges
Pacto de Sangue, de Billy Wilder
O Segredo da Porta Fechada, de Fritz Lang
O Pior dos Pecados, de John Boulting
Os Sapatinhos Vermelhos, de Michael Powell e Emeric Pressburger
Hamlet, de Laurence Olivier
A Grande Ilusão, de Robert Rossen
Crepúsculo dos Deuses, de Billy Wilder
Depois do Vendaval, de John Ford
A Morte Num Beijo, de Robert Aldrich
O Grande Golpe, de Stanley Kubrick
12 Homens e uma Sentença, de Sidney Lumet
Almas Maculadas, de Douglas Sirk
A Marca da Maldade, de Orson Welles
Um Corpo que Cai, de Alfred Hitchcock
Anatomia de um Crime, de Otto Preminger
Hiroshima, Meu Amor, de Alain Resnais
Intriga Internacional, de Alfred Hitchcock
A Tortura do Medo, de Michael Powell
Amor, Sublime Amor, de Jerome Robbins e Robert Wise
Bonequinha de Luxo, de Blake Edwards
Lawrence da Arábia, de David Lean
Viver a Vida, de Jean-Luc Godard
A Pista, de Chris Marker
O Sol é para Todos, de Robert Mulligan
Lolita, de Stanley Kubrick
O Que Teria Acontecido a Baby Jane?, de Robert Aldrich
O Leopardo, de Luchino Visconti
Vidas Secas, de Nelson Pereira dos Santos
O Beijo Amargo, de Samuel Fuller
Os Reis do Iê-Iê-Iê, de Richard Lester
007 Contra Goldfinger, de Guy Hamilton
Doutor Fantástico, de Stanley Kubrick
Banda à Parte, de Jean-Luc Godard
Os Guarda-Chuvas do Amor, de Jacques Demy
São Paulo, Sociedade Anônima, de Luiz Sergio Person
O Segundo Rosto, de John Frankenheimer
A Primeira Noite de um Homem, de Mike Nichols
Week-End à Francesa, de Jean-Luc Godard
Rebeldia Indomável, de Stuart Rosenberg
A Noite dos Mortos-Vivos, de George A. Romero
O Bebê de Rosemary, de Roman Polanski
Se…, de Lindsay Anderson
A Piscina, de Jacques Deray
O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro, de Glauber Rocha
Sem Destino, de Dennis Hopper
Meu Ódio Será sua Herança, de Sam Peckinpah
El Topo, de Alejandro Jodorowsky
O Conformista, de Bernardo Bertolucci
O Mensageiro, de Joseph Losey
A Longa Caminhada, de Nicolas Roeg
Aguirre – A Cólera dos Deuses, de Werner Herzog
São Bernardo, de Leon Hirszman
O Espantalho, de Jerry Schatzberg
Tragam-me a Cabeça de Alfredo Garcia, de Sam Peckinpah
A Conversação, de Francis Ford Coppola
Tubarão, de Steven Spielberg
Nashville, de Robert Altman
Um Estranho no Ninho, de Milos Forman
Rede de Intrigas, de Sidney Lumet
1900, de Bernardo Bertolucci
Eraserhead, de David Lynch
O Despertar dos Mortos, de George A. Romero
Touro Indomável, de Martin Scorsese
Agonia e Glória, de Samuel Fuller
Carruagens de Fogo, de Hugh Hudson
Desaparecido, de Costa-Gavras
O Veredicto, de Sidney Lumet
Nostalgia, de Andrei Tarkovski
Aos Nossos Amores, de Maurice Pialat
Pauline na Praia, de Eric Rohmer
Veludo Azul, de David Lynch
Gêmeos, Mórbida Semelhança, de David Cronenberg
Nikita – Criada para Matar, de Luc Besson
Os Imorais, de Stephen Frears
O Jogador, de Robert Altman
O Pagamento Final, de Brian De Palma
Assassinos por Natureza, de Oliver Stone
Los Angeles – Cidade Proibida, de Curtis Hanson
Tudo Sobre Minha Mãe, de Pedro Almodóvar
Quase Famosos, de Cameron Crowe
O Homem Que Não Estava Lá, de Ethan e Joel Coen
Cidade dos Sonhos, de David Lynch
Elefante, de Gus Van Sant
Caché, de Michael Haneke
Marcas da Violência, de David Cronenberg
Quem Quer Ser um Milionário?, de Danny Boyle
Vincere, de Marco Bellocchio
Watchmen: O Filme, de Zack Snyder
A Separação, de Asghar Farhadi
Tabu, de Miguel Gomes
Frances Ha, de Noah Baumbach
Praia do Futuro, de Karim Aïnouz
O Grande Hotel Budapeste, de Wes Anderson
Veja também:
Os 70 melhores longas de estreia da História do Cinema
Ufa! Vi todos!
Grande José Eugênio, nossa enciclopédia viva! Abraços!
Às vezes, os créditos são a parte mais bonita do filme! (Sério, jamais vejo um filme caso perca os créditos). Belíssima lista. Senti falta de As Três Noites de Eva, com a animação da cobra!
Abraços!
Lê
Realmente os créditos desse filme do Preston Sturges são ótimos. De qualquer forma, a lista tem Contrastes Humanos. Abraços!
Se for assim, ficaram de fora Amor Sublime Amor (West Side Story) e A Pantera Cor de Rosa. Em Amor Sublime Amor, os créditos sensacionais estão no final do filme, e o desenho da Pantera virou must.
West Side Story realmente impressiona. Abraços!
Cinema clássico extremamente bem selecionados. O dos anos 70 também: Godard mestre. Os anos 90 foram meio sub-representados. Afinal, Se7en foi um MARCO na história do paratexto cinematográfico. Nos 2000, senti falta de Napoleon Dynamite. E, é claro, Gaspar Noé, que nos 2000 também virou referência.
Obrigado pelos pitacos, Sérgio. Muito bem colocado. Claro que não dá para colocar tudo. Volte sempre, abraços!
Adicionaria o “Bernardo e Bianca” da Disney. Aquela abertura com a sequência de desenhos em pastel é belíssima!
Bem lembrado! Obrigado pela visita. Abraços!