Projeto acalentado desde 1966, não por coincidência o mesmo ano de Blow-Up, Coppola realizou A Conversação apenas em 1973, com o dinheiro de O Poderoso Chefão, e com ele ganhou Cannes. Hollywood não suportaria esse drama sobre um agente da sociedade do controle que se converte num ser ilhado pela solidão e assediado pela culpa. De fato, a desconfiança progressiva sobre a idoneidade ética de seu trabalho ronda o técnico, e aos poucos, com índices e ritmo de thriller hitchcockiano, o filme se converte numa terrível atualização da parábola do aprendiz de feiticeiro que perde o controle do processo.
Agnaldo Farias, professor, crítico e curador. O trecho foi extraído do livro Ilha Deserta – Filmes (Publifolha), no qual Farias e outros especialistas apontam quais os dez filmes levariam para uma ilha deserta. Em sua lista, a obra de Coppola ocupa a segunda posição, perdendo apenas para Quanto Mais Quente Melhor, de Billy Wilder.
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