Hollywood foi à guerra. O Oscar também. Produções sobre o conflito, durante e depois, foram premiadas. É o caso de Casablanca e, mais tarde, Os Melhores Anos de Nossas Vidas. Foi também nessa década que o prêmio teria cometido um de seus grandes erros: premiou Como Era Verde Meu Vale e não Cidadão Kane, que ficou com a estatueta na categoria de roteiro. O jovem Orson Welles foi demonizado e perseguido ao retratar a vida de um magnata baseada em William Randolph Hearst. O resto é história.
10) Núpcias de Escândalo, de George Cukor (1940)
Um filme que reúne Cary Grant, Katharine Hepburn e James Stewart já tem garantido seu lugar na história. Não bastasse, ainda é um grande filme. É sobre uma garota que quer se casar, mas ama o homem “errado”.
Ganhador de melhor filme naquela edição: Rebecca, a Mulher Inesquecível
9) Alma em Suplício, de Michael Curtiz (1945)
Em cena, uma mãe capaz de tudo. Ela é Mildred Pierce, que chega ao sonho americano, depois ao pesadelo: consegue ascender socialmente e, por isso, acaba perdendo a filha, que cai em desgraça.
Ganhador de melhor filme naquela edição: Farrapo Humano
8) Vinhas da Ira, de John Ford (1940)
Chamado de diretor de faroestes, Ford dá vez aqui aos oprimidos, à história dos perdedores da Depressão: uma família que tenta sobreviver e consegue, aos trancos, apesar de todos os problemas. É o povo.
Ganhador de melhor filme naquela edição: Rebecca, a Mulher Inesquecível
7) Pérfida, de William Wyler (1941)
Bette Davis brilha no papel de Regina Giddens, mulher de pulso firme, talvez a melhor vilã que interpretou em toda a sua carreira. A obra tem ainda a talentosa Teresa Wright como a filha que condena os atos da mãe.
Ganhador de melhor filme naquela edição: Como Era Verde Meu Vale
6) Soberba, de Orson Welles (1942)
Na sua luta incansável contra o sistema de estúdios, Welles viu este filme ser mutilado na mesa de edição. Ainda assim, com o corte hoje conhecido, continua uma obra-prima sobre as consequências do progresso.
Ganhador de melhor filme naquela edição: Rosa de Esperança
5) O Tesouro de Sierra Madre, de John Huston (1948)
Três maltrapilhos perdidos no México, com os corpos cobertos de poeira, saem em busca do ouro. Tudo teria corrido bem não fosse o mesmo ouro – ou o homem que decide carregá-lo. Bogart faz um vilão inesquecível.
Ganhador de melhor filme naquela edição: Hamlet
4) Pacto de Sangue, de Billy Wilder (1944)
O corretor grandalhão de Fred MacMurray deixa-se levar pelas facilidades de Barbara Stanwyck, a vilã barata, de peruca loira. É a combinação perfeita para tudo dar errado, como já aponta a narração inicial.
Ganhador de melhor filme naquela edição: O Bom Pastor
3) A Felicidade Não se Compra, de Frank Capra (1946)
Entre os filmes de Natal, talvez seja o mais famoso. Tem toda a fórmula infalível de Capra. Envolve um homem correto que, por meio de um anjo, descobre como seria o mundo caso não existisse.
Ganhador de melhor filme naquela edição: Os Melhores Anos de Nossas Vidas
2) O Falcão Maltês, de John Huston (1941)
O jovem Huston, em seu primeiro trabalho como diretor, dá a Bogart sua primeira vez no topo dos créditos. É considerado também o primeiro filme noir, contendo uma dama de moral duvidosa e o perfeito anti-herói.
Ganhador de melhor filme naquela edição: Como Era Verde Meu Vale
1) Cidadão Kane, de Orson Welles (1941)
Após apavorar os Estados Unidos com a narração de Guerra dos Mundos, Welles ganhou um presente: a possibilidade de dirigir, com total liberdade, seu primeiro filme. Resultado: um dos melhores de todos os tempos.
Ganhador de melhor filme naquela edição: Como Era Verde Meu Vale
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