Com os anos 1930, o som chegou de vez. A indústria do cinema, apesar da Depressão, estava solidificada: as personagens não paravam de falar, multidões iam para o cinema se divertir e esquecer os problemas do lado de fora. Astaire, McCarey, Capra, Wyler, Ford e outros gênios casaram grande arte ao entretenimento. No Oscar, houve espaço para quase todos, com direito a musicais e até uma obra-prima do cinema francês.
10) Cupido é Moleque Teimoso, de Leo McCarey (1937)
O mestre McCarey ficou com o prêmio de direção, mas não com o de filme. Cary Grant está em cena com seu modo cômico impagável nessa comédia sobre um casal que descobre se amar após a separação.
Ganhador de melhor filme naquela edição: A Vida de Emile Zola
9) As Aventuras de Robin Hood, de Michael Curtiz e William Keighley (1938)
O modelo da aventura completa: movimentada, com belos duelos e um casal central apaixonante, vivido por Errol Flynn e Olivia de Havilland. Por sinal, um casal que dividiu as telas em outros grandes momentos.
Ganhador de melhor filme naquela edição: Do Mundo Nada Se Leva
8) Ninotchka, de Ernst Lubitsch (1939)
O imortal “toque de Lubitsch” leva Garbo – a soviética inflexível em visita ao mundo capitalista, às noites de festa – às gargalhadas, em um daqueles momentos que entraram para a eternidade. “Garbo ri”, diziam os cartazes.
Ganhador de melhor filme naquela edição: E o Vento Levou
7) A Mulher Faz o Homem, de Frank Capra (1939)
Com este filme, Stewart tem talvez o melhor momento de sua carreira. Ficou sem o Oscar, o que, parta muitos, justifica o prêmio no ano seguinte, como desculpas, fazendo um coadjuvante em Núpcias de Escândalo.
Ganhador de melhor filme naquela edição: E o Vento Levou
6) O Picolino, de Mark Sandrich (1935)
Um dos melhores filmes da parceria Fred Astaire e Ginger Rogers, certamente o mais famoso, com direção do nem sempre lembrado Sandrich. Em cena, um mundo feito de brincadeiras e pura ingenuidade.
Ganhador de melhor filme naquela edição: O Grande Motim
5) A Ceia dos Acusados, de W.S. Van Dyke (1934)
William Powell e Myrna Loy vivem o casal com timing perfeito, falas ágeis, em um filme sobre detetives que termina com um dos jantares mais hilários do cinema. A comédia clássica em seu estado maior.
Ganhador de melhor filme naquela edição: Aconteceu Naquela Noite
4) Rua 42, de Lloyd Bacon (1933)
O clássico dos bastidores do teatro tem incríveis coreografias do mestre Busby Berkeley, responsável também pelos números musicais de outra obra extraordinária do mesmo período: As Cavadoras de Ouro. Grande Berkeley!
Ganhador de melhor filme naquela edição: Cavalgada
3) O Mágico de Oz, de Victor Fleming (1939)
O que mais falar sobre este clássico atemporal? Tem Judy Garland como a feliz inocente que vai parar em Oz com seu cão simpático, a bruxa verde, a fada brilhante e, claro, a emblemática “Over the Rainbow”.
Ganhador de melhor filme naquela edição: E o Vento Levou
2) No Tempo das Diligências, de John Ford (1939)
Se um faroeste pode resumir o gênero, certamente a láurea cabe a esta obra mítica de John Ford. Com direito a algumas das melhores perseguições e batalhas do cinema clássico, além de John Wayne como Ringo Kid.
Ganhador de melhor filme naquela edição: E o Vento Levou
1) A Grande Ilusão, de Jean Renoir (1937/ lançado nos EUA em 1938)
A mensagem de Renoir – quando o mundo era levado à Segunda Guerra Mundial – não foi esquecida pela Academia. Uma história de amizade entre alemães e franceses na Primeira Guerra, e de uma tentativa de fuga.
Ganhador de melhor filme naquela edição: Do Mundo Nada se Leva
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Stage Coach forever!!!!!
Grande faroeste, talvez o maior de todos os tempos!